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Apesar da pressão mais forte de inflação, choques devem ser temporários, diz BC

Eduardo Rodrigues e Célia Froufe

Brasília

25/03/2021 11h34

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, reiterou nesta quinta-feira, 25, a avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) de que, apesar da pressão mais forte da inflação de curto prazo, os choques sobre os preços devem ser temporários. Ainda assim, o diretor citou o aumento expressivo na inflação importada desde o Relatório de Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, devido aos preços da commodities e a depreciação do real frente ao dólar.

Ele citou que as projeções do mercado para o crescimento mundial em 2021 e 2022 têm sido revisadas para cima, inclusive com alguns analistas já prevendo um avanço maior que de 7,00% para a economia dos Estados Unidos neste ano.

Os dados citados por Kanczuk mostram que o hiato do produto nos EUA se torna bastante positivo em 2021, graças ao pacote ao fiscal de US$ 1,9 trilhão do governo americano.

O problema, é que esse crescimento vem acompanhado de pressões inflacionárias nos EUA. "Há questionamento sobre se inflação americana seguirá comportada. O mercado tem colocado um prêmio considerando que há uma chance importante de haver uma inflação nos EUA acima do que os modelos estão indicando", completou.

Essa chance de inflação mais alta já tem contaminado a curva de juros nos EUA e, por isso, o Copom avalia que essa reprecificação dos ativos pode ter um efeito considerável para os países emergentes, incluindo o Brasil.