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Rodrigo Limp é recomendado para conselho da Eletrobras

Felipe Laurence

São Paulo

25/03/2021 09h17

A Eletrobras anunciou na noite de quarta-feira (24) que o Conselho de Administração da estatal escolheu, por maioria, recomendar Rodrigo Limp Nascimento para ocupar uma vaga em seu colegiado, visando o futuro exercício do cargo de presidente da companhia. O nome dele será deliberado por acionistas em Assembleia Geral Ordinária (AGO) e então, se eleito, elevado ao posto.

Nascimento foi indicado pela União, não tendo sido selecionado pela assessoria Korn & Ferry, contratada para auxiliar a elétrica no processo de escolha do sucessor de Wilson Ferreira Júnior. "Não obstante, ele foi avaliado e recomendado pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração, entrevistado e aprovado, por maioria, pelo Conselho de Administração, e atende os requisitos legais e de qualificação técnica necessários para o cargo", diz a Eletrobras, em Fato Relevante.

Atualmente, Rodrigo Limp Nascimento ocupa o cargo de Secretário de Energia Elétrica no Ministério de Minas e Energia (MME) e foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2018 e 2020. Ele é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com pós-graduação em direito regulatório e mestrado em economia do setor público pela Universidade de Brasília (UnB). Tem também MBA em gestão em empresa de energia elétrica pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Controvérsia

A indicação de Nascimento ao cargo gerou a renúncia do conselheiro Mauro Gentile Rodrigues Cunha ao colegiado da estatal. Em manifestação, ele fala que o Conselho da Eletrobras "desviou do processo sucessório com o qual este conselho se comprometeu" ao acatar a indicação da União, desconsiderando a opinião da Korn & Ferry, que não recomendava Rodrigo ao cargo.

"Faço votos para que as sementes de governança plantadas persistam e voltem a florescer, levando a Eletrobras a novos voos para cumprir seu propósito de dar energia para o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade", escreveu Gentile.