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Dívida pública cai a 89,1% do PIB em março, mostra BC

Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia, a expectativa é de que a dívida bruta se mantenha em níveis altos nos próximos meses - Getty Images
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia, a expectativa é de que a dívida bruta se mantenha em níveis altos nos próximos meses Imagem: Getty Images

Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro

Em Brasília

30/04/2021 11h04

A dívida pública brasileira desacelerou em março. Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou março aos R$ 6,721 trilhões, o que representa 89,1% do PIB (Produto Interno Bruto). O porcentual é menor que os 90% de fevereiro. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do novo coronavírus, a expectativa é de que a dívida bruta se mantenha em níveis altos nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.

A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

O BC informou ainda que a DLSP (Dívida Líquida do Setor Público) passou de 61,6% para 61,3% do PIB em março. A DLSP atingiu R$ 4,622 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.