Dirigente do Fed defende retirada de acomodação monetária em março
Com direito a voto nas decisões de política monetária, Loretta Mester afirmou que a tarefa do Fed agora é "recalibrar a política", em um quadro de atividade e mercado de trabalho fortes e inflação elevada.
Ela disse esperar que a inflação "melhore um pouco" no segundo semestre, com menos desequilíbrios entre oferta e demanda. "Estamos comprometidos a manter a inflação sob controle", ressaltou.
Questionada, ela garantiu que o Fed monitora o quadro geopolítico, diante do ataque da Rússia contra a Ucrânia. Ela notou que já vemos altas nos preços das commodities, inclusive do petróleo, e disse que a situação pode provocar "alguma desaceleração" na economia americana, mas sem descarrilar a retomada.
Loretta Mester afirmou também que a variante Ômicron da covid-19 "realmente desacelerou" o crescimento do emprego nos EUA em meses recentes, mas complementou que o mercado de trabalho segue "muito forte", bem como o crescimento econômico.
A dirigente disse que "em breve" será o momento de começar a reduzir as compras de bônus pelo Fed. Ela defendeu que esse processo seja feito "consideravelmente mais rápido" que na ocasião anterior, com o balanço agora bem maior e o quadro econômico mais robusto.
Loretta Mester ainda considerou que, na opinião dela, as projeções do Fed e as do mercado "não estão tão distantes".
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