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Técnicos se reúnem antes de encontro de ministros e Bolsonaro sobre preço dos combustíveis

Jair Bolsonaro - Clauber Cleber Caetano/Presidência da República
Jair Bolsonaro Imagem: Clauber Cleber Caetano/Presidência da República

Eduardo Rodrigues e Eduardo Gayer

Brasília

07/03/2022 15h22Atualizada em 07/03/2022 16h05

Técnicos de ao menos três ministérios devem se reunir na tarde desta segunda-feira (7) para debater uma forma de evitar que a escalada do preço do petróleo no mercado internacional chegue às bombas de combustíveis no país.

O encontro servirá como preparação para uma reunião amanhã no Palácio do Planalto para bater o martelo sobre uma medida emergencial que evite o repasse pela Petrobras do custo do conflito no leste europeu aos consumidores brasileiros.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a proposta de criar um programa de subsídio para os combustíveis é a principal alternativa que será levada amanhã na reunião entre os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, também foi convidado a participar do encontro.

"O preço altíssimo do petróleo é anormal, atípico. O governo federal, nós, juntamente com Economia agora à tarde, Ministério de Minas e Energia e própria Petrobras, vamos buscar alternativa. Porque se for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, tem que dar aumento de 50%, não é admissível", afirmou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista à Rádio Folha de Roraima.

A reunião que ocorre hoje, no entanto, envolve apenas as equipes técnicas dos ministérios, segundo informou mais cedo o Ministério de Minas e Energia.

A equipe econômica ainda tenta demover a ala política do governo da ideia de conceder subsídios para "travar" o preço final dos combustíveis e defende a aprovação de projetos que alteram de forma estrutural a tributação desses produtos.

No entanto, a explosão do preço do petróleo em decorrência do acirramento do conflito entre Rússia e Ucrânia e das sanções econômicas impostas ao governo russo pressionam o Planalto a tomar uma medida imediata em vez de esperar pelos parlamentares.