Para BoJ, Japão mostra recuperação da demanda mais lenta do que EUA e Europa
Em discurso durante conferência organizada pelo Instituto para Estudos Econômicos e Monetários, Kuroda ressaltou ainda que os salários avançaram na nação insular, mas em ritmo "moderado". "Dadas essas diferenças nos efeitos de oferta e demanda, a resposta adequada da política monetária também diferirá entre os países", comentou.
O dirigente destacou que outro desafio no radar dos bancos centrais no mundo é o aumento do risco geopolítico, em meio à guerra na Ucrânia. Segundo ele, o quadro impulsiona a inflação e prejudica a confiança na atividade econômica.
"Se as visões sobre o risco geopolítico mudassem permanentemente, isso poderia ter um impacto de longo prazo na economia global por meio de mudanças estruturais no comércio e nos fluxos de capital", disse.
Enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avança no processo de aumento de juros e o Banco Central Europeu (BCE) se prepara para segui-lo no terceiro trimestre, o BoJ insiste na política relaxada, em um cenário de inflação menos aguda que os pares desenvolvidos.
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