Zona do euro: UE prevê inflação maior e crescimento menor com guerra na Ucrânia
Na edição de verão de seu relatório de projeções, a Comissão - braço executivo da União Europeia - agora espera que o índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro dê um salto histórico de 7,6% em 2022 e avance 4% em 2023. Em maio, as previsões para o CPI eram de 6,1% e 2,7%, respectivamente.
"As ações de Moscou estão comprometendo a oferta de energia e grãos, impulsionando os preços e enfraquecendo a confiança", disse o comissário da UE para Economia, Paolo Gentiloni, em comunicado.
A invasão da Ucrânia pela Rússia tem exercido pressão adicional de alta nos preços de energia e alimentos, que estão alimentando pressões inflacionárias globais, reduzindo o poder de compra das famílias e levando a uma resposta mais rápida do que se previa da política monetária, avaliou a Comissão, no documento.
"Diante da inflação alta e do aperto das condições financeiras, será importante encontrar o equilíbrio certo entre mover-se no sentido de uma postura fiscal mais prudente e proteger os mais vulneráveis", afirmou o vice-presidente executivo do órgão, Valdis Dombrovskis.
A economia da zona do euro segue particularmente vulnerável aos desdobramentos nos mercados de energia, em função de sua forte dependência de combustíveis fósseis da Rússia, de acordo com a Comissão.
A revisão vem num momento em que o Banco Central Europeu (BCE), cuja meta é garantir inflação sustentada em torno de 2%, se prepara para começar a elevar seus juros básicos, a partir da reunião de política monetária deste mês. Em junho, o CPI anual da zona do euro atingiu recorde de 8,6%.
Também como resultado do conflito russo-ucraniano, a Comissão revisou para baixo suas projeções de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. A expectativa agora é que a zona do euro cresça 2,6% em 2022 e 1,4% em 2023. Antes, as previsões de crescimento eram de 2,7% para este ano e de 2,3% para o próximo. Com informações da Dow Jones Newswires.
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