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Presidente de Comissão diz que alternativa é 'excepcionalizar' todo Auxílio do teto

29.abr.2021 - Deputado federal Celso Sabino (União-PA), durante sessão na Câmara - Najara Araújo/Câmara dos Deputados
29.abr.2021 - Deputado federal Celso Sabino (União-PA), durante sessão na Câmara Imagem: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

Iander Porcella e Eduardo Rodrigues

Em Brasília

08/11/2022 21h11Atualizada em 08/11/2022 21h41

Após uma reunião no Congresso com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado federal Celso Sabino (União-PA), afirmou que uma alternativa discutida pela equipe de transição é "excepcionalizar" todo Auxílio Brasil do teto de gastos — a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação.

Ontem, o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), defendeu que os programas de transferência de renda fiquem de fora do teto e de qualquer lei fiscal. O deputado disse que a PEC da transição, negociada pela equipe de transição para deixar algumas promessas de campanha fora do teto, é o início de uma discussão sobre combinar regras fiscais com metas sociais. Inicialmente, a ideia é deixar fora do teto apenas os recursos necessários para manter a elevação do benefício de R$ 400 para R$ 600, ou seja, os R$ 200 adicionais.

Além de Alckmin e Sabino, também participaram da reunião o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que lidera as discussões orçamentárias na transição, e outras lideranças do PT.

Sabino disse que Alckmin foi levar a ele as preocupações do novo governo com o Orçamento, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, e afirmou que a CMO está aberta ao diálogo. Castro, por sua vez, reforçou que é necessário aumentar os investimentos públicos para girar a economia. "Com o Orçamento tão exíguo, é difícil administrar o País", declarou o senador do MDB. Sabino emendou que é consenso retirar do teto recursos para saúde e investimentos.