Lula confirma Simone Tebet como ministra do Planejamento
"A próxima ministra é uma companheira que teve um papel extremamente importante na campanha. Ela foi adversária no 1o turno (das eleições) e uma aliada extraordinária no 2o turno: Simone Tebet no Planejamento", disse Lula.
Na sequência, a futura ministra posou para a foto ao lado de Lula e do já indicado para a Fazenda, Fernando Haddad.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), para aceitar o convite para chefiar o Planejamento, a ex-candidata à Presidência tentou que o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) fosse alocado no ministério. Ela deverá, porém, apenas dividir a gestão do programa de concessões com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Para além do PPI, aliados de Simone Tebet tentaram "engordar" o Planejamento com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O movimento foi logo barrado pelo governo eleito, que vê a oferta de crédito dos dois bancos públicos como política estritamente fazendária.
A recriada Pasta a ser assumida por Simone foi desidratada com o desmembramento do Ministério da Gestão, que cuidará do "RH do Estado" e do governo digital, enquanto o Planejamento terá foco no orçamento federal e nas ações de longo prazo.
Depois de uma campanha à Presidência da República considerada exitosa, a senadora passa a fazer parte do governo de olho na eleição de daqui a quatro anos.
Com o anúncio de Simone Tebet, Lula fecha sua equipe econômica, que também terá Fernando Haddad (PT) na Fazenda, Esther Dweck na Gestão e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O Planejamento deve voltar a ter assento no Conselho Monetário Nacional (CMN), ao lado dos titulares da Fazenda e do Banco Central - o presidente Roberto Campos Neto segue no posto até o fim de 2024.
Originalmente, o desejo de Simone Tebet era comandar o Ministério do Desenvolvimento Social, que ficou nas mãos do senador eleito e ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
A senadora também foi cogitada na Educação, que será chefiada pelo ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT) e no Meio Ambiente, que ficará com a ex-ministra da área e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede-SP).
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