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Nos EUA, dez senadores e deputados democratas pedem que Fed pare de subir juros

Prédio do Federal Reserve, FED, o Banco Central nos Estados Unidos EUA em Washington - traveler1116/iStock
Prédio do Federal Reserve, FED, o Banco Central nos Estados Unidos EUA em Washington Imagem: traveler1116/iStock

Matheus Andrade

Em São Paulo

02/05/2023 15h03Atualizada em 02/05/2023 15h49

Um grupo de dez senadores e deputados democratas dos Estados Unidos pede que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) "respeite a dualidade" de seu mandato na reunião desta semana, interrompendo seus aumentos de juros e evite assim "criar uma recessão que destrua empregos e esmague pequenos negócios".

Em uma carta endereçada ao presidente do Fed, Jerome Powell, o grupo diz que a turbulência recente no sistema bancário após as falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank e os impactos tardios dos aumentos de juros anteriores do Fed deixam a "economia ainda mais vulnerável a uma reação exagerada do Fed".

"Dados econômicos recentes também sugerem que aumentos adicionais de juros são desnecessários. Desde o pico em junho de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor ano a ano caiu por nove meses consecutivos, para o nível mais baixo em quase dois anos", afirmam ainda os congressistas.

"Enquanto o Fed deve permanecer flexível aos dados recebidos enquanto avalia o progresso da economia em direção alcançar uma inflação mais baixa, as evidências até o momento sugerem que o progresso pode continuar a ser feito sem pisar no freio da economia e custar milhões de americanos seus empregos", aponta a publicação.

"Embora não questionemos a independência política do Fed, acreditamos que continuar aumentando taxas de juros seria um abandono do duplo mandato do Fed para atingir o máximo emprego e estabilidade de preços, e mostra pouca consideração pelas pequenas empresas e trabalhadores que ficarão presas nos destroços", conclui o documento.

Dentre os signatários da carta, estão os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren.