Ganhos de autonomia do BC não são de curto prazo, afirma Campos Neto
Campos Neto mencionou o exemplo da Argentina, para quem, segundo ele, a autonomia do Banco Central local foi mal formulada, gerando explosão dos juros.
O presidente do BC participou de seminário organizado pelo jornal Folha de S. Paulo, que discutiu no período manhã desta segunda-feira os dois anos de autonomia do banco.
Ele disse ainda que a autoridade monetária realiza "suavização monetária", mas ponderou que o processo tem "perdas e ganhos". "A suavização tem ganho de um lado e perda de outro. Tenho ganho de suavizar porque causo dano menor na economia. Por outro lado, se eu suavizo por muito tempo, perco credibilidade e causo dano maior, com efeitos no crescimento econômico", defendeu.
Campos Neto afirmou que o banco tomou medidas para aumentar a competição e reduzir o spread bancário e que houve, na sua gestão, fomento ao mercado de capitais. "Quando fomento o mercado de capitais, as empresas não vão aos bancos, que passam a alocar mais a pequenos, microempresários e cidadãos. Se diminuo crédito subsidiado e aumento o crédito de mercado, a economia ganha eficiência", disse, ao pontuar que medidas de crédito do banco mostram resultados e que "crescimento do microcrédito é muito importante".
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