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PIB do 1º trimestre eleva viés positivo de projeção para o ano, atualmente em 1,9%, diz SPE

Brasília

01/06/2023 11h50

O crescimento acima da mediana das estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano elevou o viés positivo para a alta da atividade em 2023, de acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. A projeção atual da equipe econômica é de avanço de 1,9% neste ano e, de acordo com cálculos da pasta, o carry-over para 2023 já está em 2,4% após o resultado divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A SPE destaca que a expansão de 1,9% no PIB do primeiro trimestre ante o último trimestre do ano passado superou a mediana dos economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast e a estimativa da própria pasta - ambas em 1,2%. O órgão detalha que o resultado decorre majoritariamente da Agropecuária, mas cita os resultados no campo positivo em Serviços e no consumo das famílias.

"Esses setores foram impulsionados pelo aumento da renda real disponível das famílias no trimestre, em função do aumento real do valor do salário mínimo, dos adicionais do Bolsa Família e da desaceleração da inflação. Os programas de facilitação de acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas, em consonância com o aumento da renda disponível, permitiram a criação de empregos no terceiro setor, sustentando o crescimento da massa real efetiva e a demanda das famílias", avaliou a SPE.

A Fazenda aproveitou para mais uma vez colocar na conta do Banco Central as retrações na Indústria, na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e nas importações. "O desempenho desses setores, mais sensíveis à política monetária, continuou sendo afetado pelo alto patamar dos juros", cutucou a nota.

Sobre a queda nas exportações na margem, a SPE destacou a desaceleração de economias avançadas e emergentes que também seguem com ciclos monetários contracionistas. Além da recuperação menos pronunciada da China, o órgão citou que os preços das principais commodities exportadas pelo Brasil repercutem o ritmo lento da economia mundial e a "supersafra" doméstica.