GM vai interromper produção do Onix, apesar de programa prometido pelo governo
O setor aguarda pelo anúncio, prometido para ainda para a tarde desta segunda-feira, do programa. Em seu lançamento, no dia 25 de maio, o governo anunciou que cortaria impostos federais de carros que custam até R$ 120 mil, porém o plano foi redesenhado no Ministério da Fazenda e pode agora envolver crédito tributário.
Segundo o sindicato dos metalúrgicos da região, a fábrica da GM em Gravataí (RS), onde o Onix é produzido, vai parar a partir da próxima segunda-feira, 12, com retorno marcado para o dia 22. O motivo é o baixo desempenho do mercado, agravado nas últimas três semanas pela espera dos descontos, que leva o consumidor a adiar a compra.
Na esteira da promessa do governo, a Volkswagen desistiu de suspender parte da produção em Taubaté, no interior paulista, mas não em São José dos Pinhais, no Paraná, onde produz o utilitário esportivo T-Cross. Ainda que o modelo tenha opções abaixo do teto de preço anunciado pelo governo, os trabalhadores de um dos turnos da unidade paranaense tiveram hoje contratos de trabalho suspensos, o chamado layoff. A medida deve durar entre dois e cinco meses.
Além de Gravataí, a General Motors vai parar nas próximas duas semanas - entre os dias 12 e 23 - a produção na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Neste caso, porém, os modelos produzidos no local - a picape S10 e o utilitário esportivo Trailblazer - não foram, a principio contemplados pelas medidas de redução de preços do governo.
Conforme informações do sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, a fábrica, pela queda da demanda, vai interromper não só a produção de carros, mas também de motores, bem como parte dos departamentos administrativos. Haverá também férias coletivas para trabalhadores da linha de transmissões no período de 19 a 28 de junho.
A estimativa é que deixarão de ser produzidas três mil unidades da picape S10 e 280 do Trailblazer. A parada da montadora será remunerada e, posteriormente, compensada.
O Estadão/Broadcast entrou em contato com a GM por esclarecimentos sobre as medidas tomadas em Gravataí e São José dos Campos, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
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