Autoridades defendem remunerar hidrelétricas por estabilização da oferta de energia
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse que as hidrelétricas vão funcionar cada vez mais como "baterias" do sistema elétrico brasileiro, fontes seguras para compensar a intermitência de outras fontes.
"Temos que remunerar adequadamente os serviços que estão sendo prestados pelas hidrelétricas. Essas usinas vão ter o uso para geração de eletricidade reduzido, porque outras fontes passam a ter mais relevância. O papel das hidrelétricas vai ser cada vez mais de estabilização e segurança do sistema. E isso tem de ser remunerado. Estamos mapeando isso, a Aneel está atenta a essa questão", disse Feitosa.
Já o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, defendeu que o País volte a estudar a importância estratégica de hidrelétricas com reservatórios, o que, segundo ele, foi equivocadamente "criminalizado" no passado.
"O Brasil tem que reestudar a questão das usinas hidrelétricas com reservatórios. Ninguém defende reservatórios gigantescos, que ameacem o meio ambiente, mas temos que reestudar isso. Pode-se chegar à conclusão de que não vai ter mais, mas é preciso reestudar", disse o diretor do ONS.
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