Lula critica meta de inflação rígida em dia de Conselho Monetário Nacional decisivo
"Não sei qual a decisão do Conselho Monetário Nacional. Como cidadão brasileiro, acho que o Brasil não precisa de meta de inflação tão rígida sem alcançar. Temos que ter uma meta que a gente alcance. Alcançou, a gente pode reduzir", afirmou o presidente em entrevista à Rádio Gaúcha. "A política monetária tem que ser móvel.Não pode ser fixa e eterna", acrescentou.
A reunião do CMN de hoje vai debater a meta de inflação de 2026 e a possibilidade de trocar o sistema atual de metas de ano-calendário para meta contínua. O colegiado é formado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
"Não quero influenciar na decisão do Conselho Monetário Nacional. Eles sabem o que fazer, sabem o que têm que decidir", seguiu o presidente. Lula lembrou que, em 2005, houve um movimento para reduzir a meta de inflação à 3% - meta do ano que vem e 2025 - e ele discordou. "Espero que Haddad e Simone tenham toda a maturidade para tomar a decisão que acharem que devem".
Na entrevista, o presidente ainda voltou a criticar a atual taxa de juros e Campos Neto. "O Senado, quando aprovou a autonomia do BC, estabeleceu critérios para ser autônomo. Um dos critérios é cuidar da inflação, outro é cuidar do emprego e do crescimento. Ele (Campos Neto) até agora tem cuidado pouco porque estabeleceu meta que, pelo fato de não atingir, aumentou juro de forma exagerada", disparou. "É preciso reduzir a taxa de juros para que ela fique compatível com a inflação".
Lula também argumentou que o para o dinheiro circular, o juro tem que ser baixo. "Mais importante que política monetária são os 213 milhões de brasileiros", disse o presidente. "O dinheiro tem que circular na mão dos brasileiros para a economia crescer".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.