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Aumento em preço de combustíveis é acertado, mesmo com impacto ruim, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, classificou nesta quarta-feira, 16, como acertado o reajuste sobre o preço dos combustíveis anunciado pela Petrobrás na terça-feira, 15. "Não é bom um distanciamento grande de preços, mesmo tendo um impacto negativo", disse, em referência ao impacto sobre a inflação de 2023.

Campos Neto participa na manhã desta quarta-feira do 35º Congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Ele afirmou ainda que há uma queda da inflação em grande parte do mundo. A mesma velocidade de redução, porém, não é vista nos núcleos de inflação, disse. "Alguns lugares estão com os núcleos caindo; na América Latina é muito mais recente a queda, mas quando olhamos países avançados a queda dos núcleos tem sido muito baixa", comentou.

O presidente do BC citou o exemplo da Inglaterra.

Campos Neto afirmou em seguida que, entre os países emergentes, Brasil e Chile têm a maior queda de inflação.

Ele defendeu que o País é um dos poucos com expectativas de inflação dentro das bandas da meta em 2023, 2024 e 2025.

No início de sua fala, Campos Neto também reafirmou que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a começar juros diante do choque de inflação pós-pandemia.

China

O presidente do Banco Central afirmou também que as surpresas negativas com a economia chinesa têm sido o grande tema na discussão global sobre atividade econômica.

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"Hoje temos mais notícias da China sobre empresas ligadas ao setor da construção civil que não estão conseguindo honrar seus compromissos", disse ele.

Campos Neto citou o corte dos juros feito pelo país na terça - de 0,15 ponto porcentual, que levou uma das taxas de referência a 2,50% - e avaliou que "não é isso que fará a economia acelerar muito".

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