Bolsas da Ásia fecham em alta após dados da China e inflação nos EUA, antes de reunião Biden-Xi
As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quarta-feira, 15, após dados de atividade superarem previsões na China e também na esteira de ganhos fortes nos mercados ocidentais na terça-feira, 14, quando investidores repercutiram a desaceleração da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos.
Há expectativa grande pela reunião dos presidentes chinês, Xi Jinping, e norte-americano, Joe Biden, agendada para esta quarta-feira.
Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) chinês, a produção industrial no país subiu 4,6% na comparação anual de outubro, enquanto as vendas no varejo avançaram 7,6%. Ambas as leituras vieram melhores que o consenso de analistas.
Também nesta quarta-feira, o Banco do Povo da China (PBoC) manteve o juro da linha de empréstimo de médio prazo (MLF) de 1 ano em 2,5%. Com a operação, a autoridade monetária injetou 1,45 trilhão de yuans no sistema.
"Esta injeção ajudará a aliviar as preocupações de liquidez num contexto de emissão adicional de títulos governamentais para apoiar o estímulo fiscal, notadamente através de despesas em infraestruturas", avalia o Commerzbank.
Neste contexto, o índice da Bolsa de Xangai subiu 0,55%, a 3.072,83 pontos, enquanto o da de Shenzhen, menos abrangente, avançou 0,68%, a 1.934,75 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 3,92%, a 18.079,00 pontos.
O mercado aguarda também a reunião bilateral de Biden e Xi Jinping às margens da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em São Francisco. Segundo a Casa Branca, o encontro está marcado para as 16 horas (de Brasília).
Entre outras praças asiáticas, o índice Nikkei, de Tóquio, ganhou 2,52%, a 33.519,70 pontos. Em Seul, o Kospi se valorizou 2,20%, a 2.486,67 pontos. Já o Taiex, de Taiwan, marcou elevação de 1,26%, a 17.128,78 pontos.
Na terça, o CPI dos EUA apontou alta de 3,2% na comparação anual de outubro, marcadamente abaixo do avanço de 3,7% em setembro. O indicador consolidou a aposta de que o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) chegou ao fim, o que abriu o apetite por risco mundo afora e ecoou também na Ásia.
Oceania
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sidney, fechou em alta de 1,42%, a 7.105.90 pontos.
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