Bolsas da Europa fecham em alta, impulsionadas por balanços e observando postura de BCs

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 26, em um cenário atento a temporada de balanços, e com impulso de Alphabet e Microsoft, que publicarem resultados trimestrais melhores do que o esperado no fim da tarde da quinta-feira em Nova York. Neste cenário, a bolsa de Londres renovou seu recorde histórico de fechamento. Além disso, a postura dos principais bancos centrais para lidar com a inflação segue observada, enquanto algumas notícias corporativas também chamaram a atenção.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,26%, a 508,20 pontos.

Nesta madrugada, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve seu juro básico na faixa de 0% a 0,1%, após elevá-lo pela primeira vez em 17 anos no mês passado. Já a economia dos EUA continua se expandindo e a inflação segue elevada, como sinalizam os dados de inflação PCE e de renda e gastos divulgados nesta sexta, segundo avaliação da High Frequency Economics (HFE).

O quadro sugere que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manterá postura paciente em relação à política monetária, deixando os juros nos atuais níveis elevados por mais tempo, diz a HFE, em nota a clientes.

Na zona do euro, os dados recentes sugerem que a economia está saindo da recessão. Mas com a atividade ainda muito fraca e o crescimento salarial parecendo ter abrandado até agora, a Capital Economics continua com a sua perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) proporcionará cortes de 125 pontos base este ano. Na próxima semana, "esperamos saber que o PIB da zona euro expandiu ligeiramente no primeiro trimestre e que a inflação global e a inflação subjacente caíram ainda mais em abril", projeta.

Entre balanços europeus, o do NatWest foi bem-recebido, e a ação do banco britânico subiu 6,07% em Londres, onde o FTSE 100 avançou 0,75%, a 8.139,83 pontos.

Segundo a CNBC, a Elliott Management adquiriu uma participação de cerca de US$ 1 bilhão na mineradora Anglo American nos últimos meses. Isso acontece em meio ao interesse de aquisição da BHP, com a Anglo American rejeitando recentemente uma oferta de US$ 39 bilhões da BHP. A posição da Elliott representa 2,5% da Anglo American e impulsionou o aumento das ações da empresa em 2,33%. Já a BHP recuou 2,64% na capital britânica.

Já em Frankfurt, a ThyssenKrupp saltou 8,7%, após o conglomerado industrial alemão anunciar a venda de uma fatia de 20% em seu negócio siderúrgico ao bilionário checo Daniel Kretinsky. Na cidade, o DAX subiu 1,39%, a 18.166,91 pontos.

Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,89%, a 8.088,24 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,91%, a 34.249,77 pontos. O Ibex 35 subiu 1,56% em Madri, a 11.154,60 pontos, enquanto o PSI 20 teve alta de 1,07%, a 6.612,51 pontos, em Lisboa.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.