Ibovespa inicia semana em alta de 0,18%, aos 135,1 mil pontos
O Ibovespa lutou pelos 135 mil pontos ao longo da tarde, permanecendo lateralizado desde que perdeu o patamar dos 136 mil pontos após o fechamento de 5 de setembro. Ainda assim, nesta segunda-feira, 16, conseguiu emendar a segunda sessão de alta, pouco acima da estabilidade no encerramento, aos 135.118,22 pontos: um avanço de 0,18% que sucede ganho de 0,64% na sexta-feira.
O giro voltou a ficar fraco nesta abertura de semana, a R$ 15,8 bilhões, tendo convergido para R$ 20 bilhões no fechamento da anterior. No mês, o Ibovespa cai 0,65% e, no ano, sobe 0,70%. Entre a mínima e a máxima do dia, o índice foi dos 134.869,97 aos 135.715,10 pontos.
Destaque nesta segunda-feira, Petrobras mostrou alinhamento à alta do petróleo na sessão, tanto na ON (+0,99%) como na PN (+1,39%).
O enfraquecimento global do dólar, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) iniciará na quarta-feira, 18, o ciclo de afrouxamento monetário dos Estados Unidos, impulsionou nesta segunda os preços da commodity, embora permaneça a incerteza com relação ao grau do ajuste desta semana nos juros do Fed: se virá um corte de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual.
Por sua vez, refletindo ajuste negativo do minério de ferro na Ásia - em nível já depreciado, abaixo de US$ 100 por tonelada -, o setor metálico em geral cedeu terreno na B3 nesta abertura de semana, com destaque para Gerdau (PN -1,70%). Vale ON, a ação de maior peso individual no Ibovespa, fechou sem variação, estável, após operar no negativo durante a sessão.
Entre os grandes bancos, o dia também foi majoritariamente negativo, à exceção de Banco do Brasil (ON +0,53%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Azul (+10,91%), CSN Mineração (+6,93%), Santos Brasil (+3,94%) e Lojas Renner (+2,22%). No lado oposto, Embraer (-5,30%), Petz (-4,21%), Brava (-3,81%) e Suzano (-2,34%).
"Azul em alta hoje, já que foi confirmada a negociação com credores para a troca de dívida por participação na empresa - embora ainda não haja nenhum acordo confirmado", observa Hemelin Mendonça, sócia da AVG Capital. Ela destaca também o desempenho de Lojas Renner na sessão, em razão de melhora nas margens, com aumento de lucro, o que resultou em recomendação de compra pelo JPMorgan, com preço-alvo para a ação a R$ 21.
"Tivemos volume baixo hoje na B3, e o destaque foi a convergência do dólar para o importante patamar de R$ 5,5. A sessão foi de amplitude menor de movimento para o Ibovespa à espera do Fed e do Copom ambos na quarta-feira, em dia de alta na curva do DI", diz Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos. No fechamento desta segunda-feira, o dólar à vista mostrava baixa de 1,02%, a R$ 5,5106.
Guilherme Jung, economista da Alta Vista Research, ressalta a variedade de decisões de política monetária nesta semana, para além do Fed e Copom: Indonésia, também na quarta-feira; Reino Unido, Noruega, Taiwan, Turquia e Ucrânia, na quinta-feira; e China e Japão, na sexta-feira.
"Cada uma dessas decisões terá implicações sobre a liquidez global e as condições financeiras, em um momento de incertezas sobre o crescimento e a trajetória da inflação", diz Jung. "Apesar da desaceleração da atividade, a economia dos EUA ainda opera acima do potencial, um sinal de resiliência. No entanto, alguns analistas já antecipam sinais de recessão, sugerindo que o Fed deveria adotar postura mais agressiva para evitar desaceleração abrupta à frente. Já há espaço para um corte de 50 pontos-base, mas acreditamos que o Fed deve começar com um corte de 25 pbs nesta reunião", acrescenta.
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