Salário real no Brasil mostrou alguma desaceleração, mas pode refletir inflação, diz Guillen

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o mercado de trabalho no Brasil tem mostrado dinamismo, e que talvez os dados de salário real estejam apontando alguma desaceleração. "Talvez seja por conta do lado da inflação e não do lado de salário, a gente ainda está discutindo isso", disse.

Ele fez a afirmação durante live promovida pela Bradesco Asset sobre os potenciais impactos da política monetária na conjuntura macroeconômica de 2025. A conversa é conduzida pelo economista-chefe da instituição financeira, Marcelo Toledo.

Ainda, ressaltou mais uma vez que as expectativas de inflação estão desancoradas no Brasil.

O diretor salientou que há um dinamismo da atividade interna, mas com alguns dados mostrando talvez alguma inflexão na margem.

Ele comentou, no entanto, que se tratam de dados de alta frequência ainda e que há dificuldade de sazonalizar esses dados.

Sobre a inflação cheia e as medidas subjacentes, o diretor ressaltou que as informações estão se situando acima da meta. "Acho que essas frases seguem valendo agora, especialmente nesse ponto de inflação mais alta."

No período mais recente, segundo ele, há alguma pressão na parte de itens industriais, possivelmente em função de depreciação do câmbio. "As expectativas de inflação também estão desancoradas, como a gente vem falando."

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