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Apple rejeita proposta de ter mais negros e mulheres no comando da empresa

18/01/2016 11h54Atualizada em 18/01/2016 20h18

Uma proposta para diversificar o comando da Apple foi considerada "excessivamente trabalhosa e desnecessária" pelo conselho da empresa, que sugeriu rejeitar a sugestão, de acordo com documento enviado aos acionistas.

O autor da ideia foi Antonio Avian Maldonado, acionista que tem cerca de US$ 2.000 em ações da companhia. Ele propôs que a empresa adotasse uma política para acelerar a contratação de negros, indígenas, hispânicos e mulheres para o alto escalão da Apple. 

O conselho votou pela rejeição da proposta e afirmou que a Apple já "demonstrou aos acionistas seu compromisso com a inclusão e diversidade, que são valores da companhia".

Na declaração, o conselho também afirma que os esforços são mais amplos do que acelerar a política de recrutamento, como foi proposto por Maldonado, e cita iniciativas já adotadas pela empresa.

Entre elas estão a concessão de bolsas de estudo para negros, a doação de eletrônicos para escolas carentes e o patrocínio a programas que incentivam o ingresso de mulheres no mercado de tecnologia.

A decisão foi divulgada no dia 6 de janeiro e pode ser vista em http://zip.net/bhsKyC (endereço encurtado e seguro).

Maioria: homens brancos

O conselho da Apple é formado por oito pessoas, sendo duas mulheres (Andrea Jung e Susan L. Wagner) e um negro (James A. Bell). Todos os outros são homens brancos.

Já na diretoria, a companhia tem 18 executivos, sendo três mulheres (duas delas negras). Os outros são 15 homens brancos. A lista completa pode ser vista no site da empresa: http://www.apple.com/pr/bios/.

Relatório de diversidade

Há dois anos, a Apple publica um relatório de diversidade. O último foi divulgado em agosto do ano passado, e pode ser visto em http://www.apple.com/diversity/

O relatório afirma que 69% dos funcionários da Apple no mundo são homens. Em cargos de liderança, esse número atinge 72%. 

Nos EUA, 54% dos trabalhadores da companhia são brancos. O segundo grupo com mais representatividade são os asiáticos, com 18%. Em cargos de liderança, 63% são brancos.

Tim Cook, presidente da empresa, afirmou no relatório que a empresa vê que ainda há um longo caminho pela frente para diminuir as diferenças.