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O que o tcheco que fundou a "Liberlândia", um "país livre" na Europa, tem a dizer?

19/10/2016 08h30

SÃO PAULO - Nascido na atual República Tcheca, o político e ativista Vít Jedlicka, que ganhou projeção mundial ao fundar no ano passado a Liberland, ou República Livre da Liberlândia, a brirá o 3° Fórum de Liberdade e Democracia, que tem como tema "Em Busca de Uma Sociedade Aberta" e ocorrerá no dia 22 de outubro em São Paulo. O tcheco contará sua experiência de iniciar uma nação do zero, a Liberlândia, o primeiro país  100% libertário do mundo.

A  nação  é a realização de um sonho do político europeu de 31 anos, que fundou o país em 15 de abril, sob o conceito de "terra neutra". A ideia era ser uma terra onde todas as pudessem viver todas as liberdades, fora do alcance das forças políticas. 

O país se orgulha de oferecer liberdade pessoal e econômica a seus cidadãos, garantidas na Constituição, que limita o poder dos políticos. "Eles não podem interferir nas liberdades outorgadas pela nação de Liberland", diz a declaração de fundação no site oficial do país. 

A bandeira amarela com uma faixa central preta que exibe no centro seu brasão de armas foi fincada e hasteada em uma área de  aproximadamente sete quilômetros quadrados, entre a Sérvia e Croácia, no Leste Europeu. Geopoliticamente, o território é croata, mas os fundadores de Liberland alegam que ele era considerado "terra de ninguém" e que durante 25 anos nenhum país o reclamou. A sua área faz dele o terceiro menor estado soberano do mundo, atrás do Vaticano e de Mônaco. Para se ter uma ideia, a cidade do Rio de Janeiro ocupa uma área 200 vezes maior, com seus 1,2 mil quilômetros quadrados. 

O Fórum

Além de Jedlicka, o  Fórum, promovido pelo Instituto de Líderes de São Paulo (IFL/SP),  terá entre os participantes  Hélio Beltrão (fundador do Instituto Mises Brasil), Denis Mizne (Fundação Lemann), Jair Bolsonaro (deputado federal), Marcos Troyjo (diretor do BRICLab, na Columbia University), Raiam dos Santos (escritor best-seller, jogador de futebol americano e ex-apresentador de TV brasileiro) e Ana Mélia Lemos (senadora).

Além deles, o procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol receberá o prêmio Liberdade, em nome da Operação Lava Jato; e o agora vereador eleito pela cidade de São Paulo Fernando Holiday, o prêmio Luís Gama.

Segundo Antonia Martins, presidente do IFL/SP, o fórum é uma oportunidade para promover um debate sobre as ideias de liberdade, que não tendam muito para uma esquerda radical nem tanto para a direita radial. "O que queremos é buscar um espaço de convergência, onde uma pessoa de esquerda se sinta bem vinda, porque defendemos temas como liberdade individual, mas também uma pessoa de direita, quando direcionamos para o aspecto econômico", disse. 

As inscrições para o evento podem ser feitas através da página oficial do Fórum no Facebook, onde também é feita diariamente atualização sobre a programação do dia 22 de outubro.