Governo prorroga desconto de imposto para eletrodomésticos e móveis
A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa e tanquinhos) foi prorrogada pelo governo pela segunda vez. Agora os descontos valem por mais dois meses, até o fim de agosto. O desconto também foi prorrogado para móveis, laminados e luminárias, só que por três meses, até setembro.
Em alguns casos, o imposto está zerado, como para fogões e tanquinhos.
Inicialmente, a redução estava prevista para acabar neste sábado (30). O governo decidiu atender ao pedido de prorrogação feito pela indústria, para tentar aquecer a economia e enfrentar a crise econômica global.
O governo havia cortado em dezembro do ano passado o IPI cobrado sobre eletrodomésticos. A medida tinha validade de três meses e era para ter acabado em março, mas foi renovada por mais três meses. O novo prazo era 30 de junho. Agora foi feita outra prorrogação.
Em março, o governo também incluiu os setores de móveis, laminados e luminárias na isenção de imposto.
O anúncio feito hoje é a segunda medida do governo na mesma semana para tentar estimular o consumo e não deixar a economia cair muito. Na quarta-feira (27), foi lançado um pacote de estímulos à indústria nacional no valor de R$ 8,4 bilhões, a serem injetados a partir do segundo semestre. Também houve corte nos juros de longo prazo para baratear investimentos das empresas.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia negado a possibilidade de prorrogação. "O governo não está pensando em prorrogar o IPI. Portanto, se você está pensando em comprar uma geladeira ou um fogão, aproveite porque pode ser sua última chance", disse então.
Desde dezembro do ano passado, a alíquota sobre os fogões, que pagavam 4% de IPI, está zerada. A alíquota sobre tanquinhos, que era 10%, também caiu para zero. O imposto foi reduzido de 15% para 5% para as geladeiras e de 20% para 10% para as máquinas de lavar.
Varejo queria que medida valesse por um ano
Segundo o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que reúne 37 redes de lojas, entre janeiro e maio deste ano as vendas do varejo subiram 22%, em parte por causa do corte de IPI para a linha branca. O instituto informa que sempre pediu, ao governo, que a desoneração durasse pelo menos um ano.
Na semana passada, a presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Lourival Kiçula, entregou um pedido de prorrogação ao secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
De acordo com pesquisa da consultoria GFK, os preços dos eletrodomésticos da linha branca caíram até 7% com o corte do IPI para o segmento.
(Com informações da Reuters)
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