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Microsseguro poderá ser vendido pela internet e pelo celular

Aiana Freitas

Do UOL, em São Paulo

11/07/2012 06h00

As seguradoras deverão começar a vender, até o fim deste ano, os chamados microsseguros. Esses produtos, voltados para a população de baixa renda, poderão ser vendidos por meios remotos, como internet, celular e maquininhas de cartão de crédito, além de bancas de jornal e vendedores de porta em porta.

O seguro inclui basicamente os produtos já existentes: de vida, desemprego, garantia estendida. O que muda é a forma de venda. Hoje, os seguros tradicionais são vendidos principalmente por corretores, bancos e lojas (como no caso da garantia estendida de eletrodomésticos).

Ainda que os microsseguros se assemelhem, em preço e características, a produtos que já são encontrados no mercado, como a própria garantia estendida, eles terão algumas diferenças além da maior quantidade de canais de venda.

Consumidor poderá comparar preços

Os novos produtos estão em fase de regulamentação pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e serão padronizados. Como todas as empresas vão oferecer os mesmos tipos de produtos, ficará mais fácil para o consumidor comparar preços.

Os produtos também terão os contratos simplificados, afirma o diretor-executivo do Grupo Bradesco Seguros, Eugênio Velasques, presidente da comissão de microsseguros da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras).

Os seguros tradicionais acabam sendo de difícil comparação porque cada seguradora, para conquistar mais clientes, oferece uma série de coberturas adicionais.

Segundo Velasques, os microsseguros deverão chegar ao mercado daqui a quatro ou seis meses.

Setor pede seguro popular de carro

O microsseguro não vai incluir carros. O diretor-geral da Porto Seguro, Luiz Pomarole, diz que o setor também busca uma regulamentação mais simples para os seguros de automóveis.

"Hoje, se você bate seu carro, a seguradora é obrigada a fazer o conserto com peças novas e originais. No caso do seguro popular, as peças seriam usadas, que chegam a custar 70% menos. O consumidor contrataria esse seguro sabendo disso e pagando menos", diz Pomarole.