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Entenda como funcionam os programas de fidelidade dos cartões de crédito

Aiana Freitas

Do UOL, em São Paulo

16/07/2012 06h00

Os programas de fidelidade dos cartões de crédito permitem que o consumidor ganhe eletrodomésticos, passagens aéreas e descontos em hotéis, entre outros produtos e serviços.

Aderir a esses programas, porém, só é interessante para o consumidor se ele conhecer detalhes do seu funcionamento e conseguir acompanhar de perto a pontuação, alertam especialistas.

A pontuação é conquistada de acordo com os valores gastos pelo consumidor em qualquer tipo de compra. Quem usa o cartão para pagar contas de consumo (como energia elétrica, água e telefone) também costuma ter direito a pontos. A quantidade de pontos conquistada varia de acordo com o tipo de cartão.

Como regra geral, cartões mais simples, oferecidos a clientes com renda menor, dão direito a um ponto a cada US$ 1 gasto. O gasto não precisa ser mesmo em dólares --pode ser em reais, mas as operadoras sempre consideram o valor convertido para dólares. A conversão é feita com base na cotação do dólar na data de fechamento da fatura.

Clientes de alta renda têm acesso a cartões mais sofisticados e, a cada US$ 1 gasto, podem chegar a ganhar até dois pontos. A anuidade desses cartões, porém, costuma ser bem mais alta.

Os pontos que os consumidores juntam nos cartões de crédito podem ser trocados por uma série de produtos e serviços. É preciso, porém, juntar milhares de pontos para ter o direito a essas trocas.

Os pontos podem ser trocados, também, por passagens aéreas. Isso porque quase todos os bancos têm benefícios associados a programas de milhas, como o TAM Fidelidade e o Smiles, da Gol.

Maioria dos consumidores não faz troca

O consumidor não precisa gastar os valores todos de uma vez para fazer as trocas por passagens ou produtos e serviços. Os pontos são acumulados ao longo do tempo, mas costumam ter validade de dois a três anos. Se o cliente não faz o resgate no prazo estipulado, ele perde os pontos. Nos cartões mais caros, os pontos não têm prazo de vencimento.

Dados do Banco Central relativos ao ano de 2010 mostram, porém, que são poucos os consumidores que efetivamente resgatam seus pontos. Só naquele ano, 101,3 bilhões de pontos foram perdidos pelos consumidores.