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SP ainda não decidiu se renova concessões da Cesp, diz Alckmin

Do UOL, em São Paulo

22/11/2012 19h44

O governo do Estado de São Paulo ainda não tem uma posição sobre a possível renovação antecipada das concessões da Cesp (CESP6) que vencem entre 2015 e 2017, afirmou nesta quinta-feira (22) o governador paulista, Geraldo Alckim.

"Ainda não, vamos avaliar até o dia 4 [de dezembro]", disse a repórteres, referindo-se ao prazo fixado pelo governo federal para que as companhias elétricas envolvidas na proposta decidam se vão aderir.

A Cesp, controlada pelo governo estadual de São Paulo, já havia informado que vai contestar as novas tarifas e a indenização oferecida pela União pelo investimento não amortizado em suas usinas no processo de renovação antecipada das concessões. 

Se a Cesp não renovar as concessões das usinas de Ilha Solteira, Três Irmãos e Jupiá, poderá subtrair uma potência total de quase 5,8 mil megawatts (MW) do portfólio de ativos de geração que é alvo da medida provisória 579, a qual está no Congresso.

O que as concessões têm a ver com a queda na conta de luz

Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.

Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou "mudar as regras do jogo" com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam em 2015. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.

Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro.   Caso elas não aceitem as novas regras, o governo deve ter dificuldades para conseguir baixar a conta de luz.

Desde o anúncio de Dilma, as ações de empresas ligadas ao setor passaram a operar em baixa na Bolsa de Valores, e algumas chegam a acumular queda de mais de 40% em dois meses. Com isso, o setor elétrico, que era historicamente atrativo por ter resultados e dividendos estáveis ou crescentes mesmo em crises econômicas, passou a ser alvo de desconfiança de investidores desde então no mercado acionário brasileiro.

(Com informações da Reuters)