Abilio Diniz entra com ação contra o Casino, dono do Pão de Açúcar
O empresário Abilio Diniz anunciou nesta quinta-feira (20) que entrou com um pedido de arbitragem na Câmara de Comércio Internacional contra o grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar.
Esse tipo de medida é tomada, geralmente, em discussões internacionais, sendo muito comum em disputas da área portuária, por exemplo. Geralmente, a utilização da arbitragem é definida pelas partes em contrato.
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Em nota, a assessoria de imprensa do empresário afirma que "o procedimento arbitral, cujos termos estão submetidos à obrigação de confidencialidade, tem por finalidade assegurar que o Casino cumpra o acordo de acionistas da Wilkes e se abstenha de praticar ações que violem o cargo de Abilio Diniz como presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar".
Histórico de confusões
O Casino assumiu o Pão de Açúcar em agosto, numa troca que já era anunciada desde 2006, quando os franceses compraram o controle do grupo. O Casino investiu pela primeira vez na rede varejista em 1999, quando resgatou o grupo de dificuldades.
A disputa pelo controle da rede varejista ganhou os holofotes no ano passado: Abilio Diniz tentou romper o acordo ao propor uma fusão da companhia brasileira com o arquirrival do Casino, o Carrefour. O Casino, como esperado, vetou o negócio.
No ano passado, o Pão de Açúcar foi objeto de uma intensa batalha entre o grupo Casino e Abilio Diniz, que tentou se aliar ao Carrefour, concorrente direto do Casino. A ofensiva da parte brasileira terminou em fracasso.
O plano de fusão previa a união dos dois maiores grupos de distribuição brasileiros --o Pão de Açúcar e o Carrefour Brasil-- para criar um gigante avaliado em US$ 41,899 bilhões.
Além de impedir a negociação, os franceses do Casino a qualificaram de "hostil e ilegal" e encarregaram seu presidente, Jean-Charles Naouri, de fazer valer essa posição "por todos os meios necessários" também no conselho de administração da Wilkes.
Atualmente o Brasil é o segundo maior mercado para o Casino no mundo depois da França e é um pilar importante na expansão do grupo francês em mercados emergentes em um momento de fraqueza na Europa.
(Com informações de agências)
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