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EUA não conseguem determinar causa de incêndio em Boeings 787

Do UOL, em São Paulo

07/03/2013 16h40Atualizada em 13/03/2013 15h17

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, em inglês) está examinando a certificação e testando o sistema da bateria de íon-lítio do Boeing BA.N 787 Dreamliner, disse a agência nesta quinta-feira.

Em relatório prévio, a NTSB não apontou a causa do incêndio na bateria de um avião parado em Boston, em janeiro, incidente que pesou para os reguladores mandarem as companhias deixar em terra os aviões desse modelo.

Os aviões sofreram uma série de problemas técnicos no começo deste ano, o que levou a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos a lançar uma proibição de voo com a aeronave nos EUA. Como a Boeing é americana e a FAA faz a certificação de seus aviões, a decisão da foi seguida por agências de todo o mundo.

Histórico de falhas no modelo

O Boeing 787 Dreamliner protagonizou seis incidentes em menos de dez dias.

No dia 7 de janeiro, em Boston, um 787 da Japan Airlines (JAL) proveniente do Japão teve um princípio de incêndio em terra. No dia seguinte, outro voo da JAL que partia de Boston foi atrasado por um vazamento de combustível.

No dia 9 de janeiro, um voo da All Nippon Airways realizado por outro Boeing 787 foi cancelado no país asiático por causa de um problema nos freios.

No dia 11, também no Japão, dois incidentes aconteceram a bordo de dois Boeing 787 da ANA: um voo foi cancelado por causa de uma rachadura no vidro da cabine, e outro foi atrasado por causa do vazamento de óleo.

No último incidente, em 16 de janeiro, um 787 Dreamliner da ANA fez um pouso não programado no aeroporto de Takamatsu, no sul do Japão. Segundo a empresa, foi detectada fumaça na cabine, causada pela falha em uma bateria.

Modelo fez primeiro voo comercial em 2011

Reguladores dos EUA levantaram dúvidas sobre a confiabilidade do 787 em longas rotas transoceânicas, publicou o jornal "Wall Street Journal".

O Dreamliner é o primeiro avião do mundo construído com compósitos de carbono e possui preço de tabela de US$ 207 milhões.

O modelo fez seu primeiro voo comercial no final de 2011, depois que uma série de atrasos de produção deixou as entregas do modelo três anos atrás do planejado. Até o final do ano passado, a Boeing vendeu 848 Dreamliners e entregou 49 unidades do modelo.

(Com Reuters)