Compare o penhor com outros tipos de empréstimo

Os juros cobrados pelo penhor estão entre os mais baixos do mercado. Segundo as informações da Caixa Econômica Federal, as taxas variam de 1,5% a 1,7% ao mês, dependendo da forma como o empréstimo é pago (de uma só vez ou parcelado). Quem precisa de dinheiro com rapidez dificilmente vai encontrar uma taxa tão baixa em outras linhas de crédito.

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o empréstimo consignado, por exemplo, tem juros médios de 1,7% ao mês. No empréstimo pessoal concedido pelos bancos, a taxa média chega a 2,91% mensais.

Assim, quem optar por penhorar uma joia pelo período de um mês e conseguir R$ 1.000 de empréstimo terá pago, ao fim do contrato, R$ 1.015,00. Quem tiver de lançar mão do rotativo do cartão, por exemplo, gastará bem mais ao fim de um mês: R$ 1.093,70.

A conta não considera outros custos que podem estar atrelados às linhas de financiamento, como impostos e tarifas de abertura de crédito.
 

COMPARE O PENHOR COM OUTROS TIPOS DE EMPRÉSTIMO

Cálculos do economista Samy Dana mostram que o penhor também se mostra interessante mesmo quando o valor é pago parceladamente (nesse caso, a taxa sobe para 1,7% ao mês).

Um empréstimo de R$ 5.000 em 12 meses no penhor representaria parcelas de R$ 464,13. Ao fim do contrato, seriam R$ 5.569,56. Apenas se fizesse um empréstimo consignado o consumidor teria acesso a valores assim. Caso precise pedir um empréstimo pessoal no banco, com taxas médias de 2,91% ao mês, pagará parcelas de R$ 499,62 e R$ 5.995,44 no total.

Os bancos até oferecem juros mais baixos do que os do penhor, mas apenas para financiamentos atrelados à compra de algum bem, como imóveis (média de 0,8% ao mês, segundo a Anefac) e automóveis (1,52% ao mês).

Isso acontece porque, nesses casos, tanto o imóvel como o automóvel servem como garantia do empréstimo: caso o consumidor não pague, o bem é retomado para que a dívida seja honrada.

Apesar da taxa baixa, Samy Dana alerta: o penhor só deve ser usado em caso de necessidade. "É preciso lembrar que, apesar de a taxa ser bem menor que a do cartão, por exemplo, ainda assim equivale a cerca de 20% ao ano. Nenhuma aplicação financeira paga esse percentual."