Vale lucra R$ 6,2 bilhões no primeiro trimestre, queda de 7,6%
A Vale (VALE3, VALE5) registrou lucro líquido de R$ 6,201 bilhões no primeiro trimestre de 2013 --o que representa uma queda de 7,6% em relação ao mesmo período de 2012. Pelas normas contábeis norte-americanas, o lucro no primeiro trimestre foi de US$ 3,109 bilhões. A companhia --terceira maior mineradora do mundo, atrás de BHP Billiton e Rio Tinto-- divulgou seus resultados nesta quarta-feira (24).
A queda de 7,6% na última linha do balanço ocorreu por conta do maior peso das despesas financeiras, e principalmente, pelo aumento do recolhimento de Imposto de Renda em relação a um ano antes. Os gastos com pagamento de juros somaram R$ 666 milhões entre janeiro e março, contra saldo positivo de R$ 205 com ganhos com aplicações financeiras no mesmo período de 2012.
Já os gastos com IR tiraram quase R$ 1 bilhão do balanço na comparação anual: passaram de R$ 926 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 1,86 bilhão neste ano.
Ainda assim, o resultado foi melhor do que o esperado pelo mercado. Pesquisa da agência de notícias Reuters com oito previsões de bancos de investimentos apontava um lucro líquido médio de US$ 2,7 bilhões, ganho 29% menor que no mesmo período de 2012.
A Vale executou no último trimestre do ano passado uma faxina contábil que causou seu primeiro prejuízo em dez anos. A mineradora registrou perda de US$ 2,65 bilhões devido principalmente à depreciação de ativos de níquel e alumínio, entre outros fatores.
Resultados
As receitas da Vale avançaram 6,5%, para R$ 22,3 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 17,4% em relação aos três primeiros meses de 2012, para R$ 10,7 bilhões.
A margem bruta subiu 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2012, para 47,5%. Já a rentabilidade antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) foi ampliada em 4,2 pontos percentuais, para 37,1%.
Os custos de produção subiram 4,8% entre janeiro e março na comparação com o ano passado, abaixo do crescimento da receita, de 6,5% no mesmo período. Com isso, o lucro bruto subiu 8,6% no primeiro trimestre, para R$ 10,4 bilhões.
As despesas operacionais também surpreenderam positivamente, com queda expressiva, de 21,4% em relação a um ano antes, para R$ 2 bilhões. Com isso, o Ebit avançou 20,1%, para R$ 8,3 bilhões nos três primeiros meses deste ano.
(Com Reuters e Valor)
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