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EUA tentam barrar fusão entre American Airlines e US Airways

Aeronaves da American Airlines e da US Airways no aeroporto nacional Ronald Reagan, na Virgínia - Mike Theiler/Reuters
Aeronaves da American Airlines e da US Airways no aeroporto nacional Ronald Reagan, na Virgínia Imagem: Mike Theiler/Reuters

Do UOL, em São Paulo

13/08/2013 13h46

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou com uma ação judicial, nesta terça-feira (13), para bloquear a fusão da American Airlines com a AMR, controladora da US Airways, dizendo que o acordo prejudicaria os consumidores, elevando tarifas e preços.

A fusão, avaliada em US$ 11 bilhões, criaria a maior companhia aérea do mundo. O negócio recebeu aprovação judicial em março deste ano.

O Departamento de Justiça disse que estava preocupado pois, se a fusão ocorrer, apenas quatro companhias controlariam mais de 80% do mercado de aviação comercial dos EUA.

As duas empresas norte-americanas operam mais de 30 voos por semana no Brasil, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em fevereiro, a American Airlines entrou com um pedido no Departamento de Transportes dos Estados Unidos para operar 14 voos adicionais ao Brasil ainda em 2013. 

A ação antitruste civil foi apresentada na Corte Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia e foi acompanhada por vários Estados, entre eles Arizona e Texas, contendo preocupações de especialistas do setor e apoio de advogados dos consumidores.

O departamento entrou com a ação para bloquear a fusão "porque ela iria eliminar a concorrência entre a US Airways e a American, e colocaria os consumidores em risco de aumento dos preços e redução de serviços", disse Bill Baer, chefe da Divisão Antitruste do Departamento de Justiça, em um comunicado.

"Ambas as companhias aéreas têm dito que podem ter sucesso de forma independente, e os consumidores merecem o benefício dessa continuada dinâmica competitiva", disse Baer.

A AMR e a US Airways não responderam imediatamente aos pedidos para comentar a ação.

As duas companhias aéreas garantiram a aprovação da União Europeia para a proposta de fusão em 5 de agosto, depois de prometer entregar slots em dois aeroportos -- Heathrow, em Londres, e na Filadélfia, nos Estados Unidos.

(Com Reuters)