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Greve na Lufthansa cancela mais de 1.300 voos; no Brasil, 4 são cancelados

Do UOL, em São Paulo

01/12/2014 12h39

Berlim - A companhia aérea alemã Lufthansa cancelou cerca de 1.350 voos em função de uma greve de pilotos que começa nesta segunda-feira (1º) às 9h (de Brasília) e terminará amanhã.

No Brasil, os voos desta segunda-feira do Rio de Janeiro para Frankfurt e de Guarulhos para Frankfurt pela companhia foram cancelados. Na terça-feira (2), não sairão os voos de Frankfurt para o Rio de Janeiro e de Frankfurt para Guarulhos.  Os passageiros devem procurar a Lufthansa por meio da mesma ferramenta que usaram para reservar a passagem (guichê, site, telefone ou aplicativo) para remarcar os voos, sem custos adicionais.

A previsão é que 150 mil passageiros sejam prejudicados pela paralisação. A greve, anunciada ontem pelo sindicato Vereinigung Cockpit (VC), abrangerá inicialmente voos de curta e média distância.

Amanhã, os voos de longa distância também serão cancelados. A decisão foi adotada após o fracasso na sexta-feira da última rodada de negociações entre o sindicato e a direção da maior companhia aérea alemã, que quer modificar o sistema de aposentadorias antecipadas dos pilotos.

Foram convidados para a greve os pilotos da Lufthansa e da Lufthansa Cargo, filial de transporte de mercadorias, mas nesta ocasião a Germanwings, a unidade de baixo custo da companhia, não será afetada pelas mobilização.

Segundo números apresentadas pela companhia aérea no final de outubro, as oito greves realizadas pelos pilotos desde o final de março deram um prejuízo de 170 milhões de euros.

Um porta-voz da empresa qualificou ontem a greve de medida "desproporcional" e pediu aos pilotos para que retomem de forma imediata as negociações.

O sindicato atribuiu a decisão a uma atitude de "bloqueio" da Lufthansa, acusada de suprimir "de forma autocrática" no convênio coletivo o sistema de aposentadorias antecipadas em caso de falta de acordo.

A principal reivindicação da categoria é a manutenção do sistema de aposentadorias para os 5.400 pilotos da companhia.

Até agora os pilotos podiam deixar de trabalhar a partir dos 55 anos com 60% de seu salário base. A direção da empresa quer reduzir a idade de aposentadoria para pelo menos 60 anos.

(Com EFE)