Grécia entrega plano de reformas e promete respeitar privatizações
A Grécia entregou uma lista com suas propostas de reforma para os credores da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) na noite da segunda-feira (23), segundo a agência de notícias Reuters.
A Reuters teve acesso ao documento e afirma que a Grécia se comprometeu a não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou finalizada.
Além disso, o país garantiu que qualquer esforço para lidar com a "crise humanitária" não vai afetar o orçamento federal. A lista também inclui promessas de reformar a política tributária e de revisar e controlar os gastos em "todas as áreas" do governo.
O país se comprometeu, ainda, a consolidar os fundos de aposentadoria para economizar e a eliminar brechas e incentivos para aposentadorias antecipadas.
A medida é um esforço para tentar encontrar um meio termo entre o objetivo do governo de evitar qualquer novo corte na aposentadoria e a exigência feita anteriormente pela UE e pelo FMI por cortes na aposentadoria.
Atenas também disse que vai reformar os salários do setor público. O governo diz que não vai reduzir os salários, mas vai garantir que a folha de pagamento do funcionalismo público não suba.
Os ministros do Eurogrupo devem discutir as propostas apresentadas pela Grécia ainda hoje, disse um porta-voz do ministério alemão à Reuters na véspera.
Segundo a BBC, um grupo da chamada 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) vai avaliar o documento antes da reunião do Eurogrupo.
A lista que foi apresentada é apenas uma proposta inicial; até o final de abril, a Grécia precisará entregar uma lista final, que seja aprovada por todos os credores internacionais.
Entenda o caso
A Grécia foi um dos países mais afetados pela crise econômica que começou no final de 2008. O país pertence à zona do euro, e recorreu ao bloco para botar suas finanças em ordem.
Em 2010, foi acertado um plano de empréstimos concedidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Central Europeu e a União Europeia, trio que ficou conhecido como "troika".
Em troca, a Grécia deveria adotar as chamadas medidas de austeridade, como aumento de impostos e corte de gastos do governo. Tais medidas foram extremamente impopulares e a "troika" passou a ser odiada pelo povo grego.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, filiado a um partido de esquerda, foi eleito com a promessa de minimizar o programa de austeridade no país e focar sua política no bem-estar dos cidadãos.
O país precisava renovar o empréstimo com a "troika", ou poderia ficar sem dinheiro até o final de março.
Para estender o programa de resgate, no entanto, a Alemanha pressionou para que a Grécia continuasse aplicando reformas econômicas.
(Com Reuters e agências de notícias)
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