Rombo nas contas externas em maio cai pela metade, para US$ 3,36 bi, diz BC
A diferença das transações do Brasil com os outros países ficou negativa em US$ 3,366 bilhões em maio. Isso representa praticamente metade do resultado negativo obtido no mesmo mês de 2014, quando o rombo atingiu o recorde de US$ 6,635 bilhões.
Em abril, as contas externas tinham ficado negativas em US$ 6,9 bilhões. Os dados são do Banco Central e foram divulgados nesta segunda-feira (22).
O cálculo do indicador considera, além das importações e exportações registradas pela balança comercial, os gastos com serviços e as rendas.
Analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam um resultado negativo de US$ 4,7 bilhões. O próprio BC esperava um rombo maior: de US$ 5,4 bilhões.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, o resultado negativo é de US$ 35,828 bilhões, contra US$ 44,947 bilhões, em igual período de 2014. Para o ano, o BC estima deficit de US$ 81 bilhões ou 4,17% do Produto Interno Bruto (PIB), dado atualizado hoje (antes, a estimativa era de 4,47% do PIB).
Medido em 12 meses, a diferença entre o que país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, serviços, rendas e transferências unilaterais alcançou US$ 95,717 bilhões, o equivalente a 4,39% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pela autoridade monetária.
Investimento estrangeiro aumenta
Em maio, os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 6,608 bilhões. O número veio melhor do que a projeção dos analistas (US$ 4,2 bilhões), e superou em 10,82% o resultado de maio de 2014 (US$ 5,963 bilhões).
Em 12 meses encerrados em maio, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país somaram US$83 bilhões, equivalentes a 3,81% do PIB.
Quando o país tem deficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
(Com Agência Brasil, Reuters e Valor)
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