JBS fecha frigorífico em Presidente Epitácio (SP) e demite 500 funcionários
A JBS, maior processadora de carne bovina do mundo, fechou o frigorífico de Presidente Epitácio (SP) e demitiu 500 funcionários. No total, a JBS tinha 795 empregados na fábrica, onde era realizado o processo de desossa de carne. Quem não foi demitido será transferido para outras unidades da empresa.
Em nota, a companhia disse que "realizou todos os esforços possíveis para manter o funcionamento da planta, adiando o fechamento por um mês, enquanto aguardava a definição de um posicionamento do governo do estado de São Paulo sobre as novas regras tributárias, mas não obteve retorno até o momento".
A decisão do governo do estado de publicar o Decreto 61.907, de 2016, que alterou regras tributárias para produtores de carne, "inviabilizou a manutenção das atividades no local", segundo a empresa.
Guerra fiscal
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo disse que está dialogando com os produtores de carne e que o setor já conta com um regime especial de tributação que visa a diminuir os efeitos da guerra fiscal entre os estados e dar condições para viabilizar a operação das empresas.
"O governo paulista tem buscado criar essas condições. Porém, as questões tributárias não são os únicos requisitos para viabilizar a operação, especialmente no que diz respeito à unidade de Presidente Epitácio", disse a secretaria.
Impacto na cidade
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Presidente Prudente e Região, Roberto Moreira, a JBS já agendou a homologação de demissão dos 500 funcionários para os próximos dias 27 e 28. Segundo ele, o fechamento da unidade terá grande impacto na vida econômica da cidade.
"Avalio que a cidade vai dar uma quebrada. É uma cidade turística, mas que tem como sua principal renda essa empresa. O comércio vai começar a sentir. É um impacto não só para a cidade, mas para a região. Pessoas de outras cidades trabalhavam lá", afirmou Moreira.
De acordo com o sindicato, a empresa gerava cerca de 2.400 empregos indiretos. "É uma briga entre empresa e governo e quem acabou pagando o pato foram os trabalhadores", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.