BC indica que pode acelerar corte de juros se o PIB não voltar a crescer
O Banco Central indicou que deve acelerar o processo de corte na taxa básica de juros, a Selic, se o PIB (Produto Interno Bruto) não der sinais de retomada, segundo a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta terça-feira (6).
"É razoável esperar uma intensificação do processo de flexibilização monetária caso a atividade econômica não dê sinais mais claros de retomada, posto que nesse caso as projeções de inflação devem se reduzir", diz a ata.
O documento também mostra que o comitê considerou reduzir mais a taxa básica de juros na reunião da semana passada. No final, os juros caíram de 14% para 13,75%.
Alguns membros do comitê defenderam que a queda da inflação, a aprovação inicial de medidas fiscais, como a PEC que limita os gastos públicos, e o ritmo fraco da economia justificariam o corte maior da Selic.
No entanto, outros membros argumentaram que a evolução de "alguns componentes da inflação mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária continuava indicando pausa" e que o cenário externo poderia ficar mais desfavorável para as economias emergentes. O BC não citou explicitamente a vitória do republicano Donald Trump na disputa pela Presidência dos Estados Unidos, que levou a uma onda de aversão ao risco nos mercados financeiros globais.
Afastamento de Renan Calheiros
As avaliações feitas pelo BC, no entanto, não levam em conta o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). O afastamento pode atrapalhar a votação das medidas de ajuste fiscal, em especial a PEC dos gastos públicos.
Também não incluem o aumento de preços da gasolina e do diesel nas refinarias anunciado pela Petrobras. Se o ajuste for integralmente repassado ao consumidor, o preço do diesel pode subir 5,5% e da gasolina, 3,4%.
(Com Reuters)
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