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Privatização não é mais "palavra condenada", diz presidente da Eletrobras

Ana Cristina Campos

Da Agência Brasil

28/03/2018 09h42

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse na terça-feira (27) acreditar que o projeto de lei (PL) que trata da privatização da estatal seja aprovado pelo Congresso Nacional no primeiro semestre. “Eu percebo, de todas as lideranças com que falo, o reconhecimento da importância desse movimento da privatização. Não é mais uma palavra condenada, proibida”, disse Ferreira Junior, ao apresentar os resultados da empresa no ano passado.

Ele deu a declaração ao ser perguntado sobre a viabilidade da aprovação do Projeto de Lei 9.463/2018, que trata da privatização da Eletrobras, encaminhado pelo governo ao Congresso no fim de janeiro. “Não acho uma agenda difícil de ser tocada. Pelo contrário”, afirmou.

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Mais cedo, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, afirmaram que o governo espera a aprovação do projeto de lei ainda neste ano. Segundo Oliveira, é possível que o PL seja aprovado antes das eleições de outubro.

O projeto tramita atualmente na Câmara dos Deputados. Para esta terça-feira, estava prevista uma reunião da comissão especial que analisa a proposta de privatização da Eletrobras, mas foi cancelada.

Redução de custos

O presidente da Eletrobras informou a estatal planeja reduzir o número de funcionários, atualmente em torno de 22 mil para 12 mil, até o fim do ano. Nesta segunda-feira (26), a estatal lançou o Plano de Demissão Consensual, que tem como meta o desligamento de 3.000 funcionários em todas as suas empresas e uma economia anual de R$ 890 milhões.

Segundo o executivo, mais 6,6 mil funcionários devem deixar os quadros da Eletrobras após a venda de seis distribuidoras de energia.

Ferreira Junior informou que outra medida de redução de custos será concentrar todos os funcionários da área administrativa no Rio de Janeiro e Recife e em Brasília e Florianópolis.

Resultado de 2017

A Eletrobras fechou o ano de 2017 com prejuízo líquido de R$ 1,726 bilhão ante um lucro líquido de R$ 3,5 bilhões em 2016. A estatal informou que o resultado foi influenciado, principalmente, pelas provisões operacionais de R$ 4,646 bilhões e pelo prejuízo do segmento de distribuição de R$ 4,179 bilhões.

Segundo a empresa, a receita operacional líquida foi de R$ 37,876 bilhões no ano passado, queda de 37% em relação a 2016. De acordo com Ferreira Junior, o resultado positivo em 2016 foi motivado por receitas extraordinárias referentes à Rede Básica Sistemas Existentes (RBSE – ativos de transmissão antes de 2000), no valor de R$ 28 bilhões.

(Edição: Nádia Franco)

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