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Caminhoneiros suspendem greve por 15 dias e governo congela diesel por 30

Gabriel de Paiva/Agência O Globo
Imagem: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

Téo Takar

Do UOL, em São Paulo

24/05/2018 21h23Atualizada em 24/05/2018 22h49

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou que o governo vai ampliar para 30 dias o período de redução de 10% no preço do diesel. O anúncio foi feito após mais de seis horas de reunião entre representantes dos caminhoneiros e o governo, em Brasília.

Os primeiros 15 dias serão subsidiados pela Petrobras, como já foi anunciado ontem pela estatal. Os demais 15 dias serão bancados por um programa de subvenção econômica entre o preço que está fixado e o preço que seria praticado pela política da Petrobras.

A partir de 16º dia, a Petrobras retomará sua política de preços e o governo compensará a diferença entre o valor praticado pela empresa e o preço acertado com os caminhoneiros. A compensação considerará o preço do petróleo e a taxa de câmbio no período.

Segundo Guardia, a compensação à estatal será recalculada a cada 30 dias até o fim do ano. O ministro declarou que o gasto mensal com a compensação será de R$ 700 milhões.O acordo vale somente para o diesel. Na reunião não foi discutido nenhum subsídio para a gasolina.

Pelo acordo acertado entre os caminhoneiros e o governo, o protesto será suspenso por 15 dias. Após esse período, as duas partes voltarão a se reunir para reavaliar o acordo, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

"O presidente Michel Temer nos autorizou a negociar com os caminhoneiros, dispondo de tudo o que pudéssemos dispor para chegar a um acordo com os grevistas", explicou Padilha. "O presidente Temer nos autorizou e utilizamos tudo que estava disponível para resolver a questão com agilidade".

Os representantes dos caminhoneiros se comprometeram a apresentar a proposta aos manifestantes. No texto distribuído após a reunião as entidades que representam o governo afirmaram que "reconhecem o empenho do governo federal em buscar soluções para atender às demandas da categoria".

(Com Reuters)