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Para consumidor brasileiro, marcas ainda são muito 'lentas', diz pesquisa

Eliane Pereira

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/10/2018 14h11

Muita gente considera que a pressa não é mais inimiga da perfeição, segundo pesquisa da Officina Sophia Minds & Hearts divulgada nesta sexta-feira (26). O estudo, realizado em abril deste ano, apontou que 60% dos entrevistados dizem que estão fazendo as coisas mais rapidamente e melhor do que há cinco anos.

Pior para as marcas, pois 92% dos entrevistados acham que produtos e serviços estão ficando velhos em uma velocidade maior. Além disso, metade deles acredita que as empresas estão inovando num ritmo mais lento do que o necessário para atender suas necessidades.

Entre os empresários, a maioria (52%) diz que está na média do mercado, e 38% admitem que não estão correspondendo às expectativas dos consumidores. Já o público, de maneira geral, acredita que as pessoas estão se beneficiando com a velocidade das transformações no comportamento, nos valores e nos relacionamentos. Por isso, exige respostas imediatas por parte das empresas.

Por outro lado, segundo o estudo, esse ambiente tem contribuído para aumentar a ansiedade, um dos “efeitos colaterais” da velocidade. 

“Seja empresário, seja consumidor, é fundamental estar aberto a grandes transformações pessoais e corporativas, buscar novas visões e conhecimentos e entender com mais profundidade o indivíduo que está por trás do consumidor”, afirma Naira Maneo, sócia da Officina Sophia Minds & Hearts. Para as empresas, o desafio é entender como essas mudanças afetam os negócios e ficar atentas às demandas desse novo consumidor.

A pesquisa foi realizada em abril de 2018 e entrevistou 2.650 pessoas online, em todo o Brasil, sendo 59% mulheres e 41% homens, com idades entre 18 e 49 anos, das classes A, B e C.