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Desemprego só deve voltar a ficar abaixo de 10% a partir de 2021, diz banco

Evelson de Freitas/Folhapress
Imagem: Evelson de Freitas/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

15/01/2019 17h08

Mesmo se o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acelerar para 2,5% ao ano, a taxa de desemprego no Brasil só deve ficar abaixo dos 10% a partir de 2021, de acordo com um relatório do banco BTG Pactual divulgado nesta terça-feira (15). 

Embora a taxa venha caindo há mais de um ano, o relatório indica que o ritmo é lento e que o cenário do emprego no país é pior do que parece quando são destrinchados os dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O banco cita alguns indicadores, como o desemprego nas regiões metropolitanas, o desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego) e a taxa de subutilização da força de trabalho. 

Mercado pior do que parece, segundo o estudo

A taxa de desocupação nacional se refere apenas a quem não está empregado e procura emprego. Ela caiu mais de 1 ponto percentual desde o seu pico, em março de 2017, chegando a 12,1% no trimestre encerrado em agosto de 2018, período avaliado pelo estudo.

Considerando apenas as regiões metropolitanas, porém, a taxa caiu bem menos, de 14,4% para 14,3%.

Além disso, diz o relatório, a taxa de desemprego não inclui trabalhadores que já desistiram de procurar emprego, chamados de desalentados. Também não inclui aqueles que gostariam de trabalhar mais horas por dia ou estavam desempregados e procuraram emprego, mas não estavam disponíveis para trabalhar. 

O banco também menciona outros indicadores, como o aumento da informalidade (trabalhadores por conta própria, sem carteira de trabalho assinada) e o aumento na proporção de pessoas que estão procurando emprego há mais de um ano. 

Todos esses dados, afirma o documento, embasam a análise de que a recuperação do emprego no país deve continuar em ritmo lento. 

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