Natura e Body Shop se unem: marca vai sumir? Muda algo para cliente?
A Natura anunciou que assumirá as operações da empresa The Body Shop na América Latina a partir de maio.
A ideia é aproveitar a estrutura da Natura em áreas como finanças, tecnologia e infraestrutura para que a The Body Shop amplie sua presença na região. Muda algo para o consumidor?
Segundo Paula Andrade, diretora de Varejo da Natura, as alterações, serão mínimas. A executiva afirma que, por enquanto, não haverá uma mudança substancial de portfólio das marcas --apenas uma adaptação do portfólio global da Body Shop para as especificidades da região.
"Daremos maior ênfase no segmento de fragrâncias e presentes, por exemplo", declara a executiva.
As duas marcas continuam existindo
As duas marcas continuarão existindo de forma independente. Serão mantidas, inclusive, equipes diferentes em áreas prioritárias, como marketing e branding, por exemplo.
A executiva ainda afirma que não haverá venda de produtos da Natura em lojas da Body Shop (ou vice-versa).
Atualmente, a Body Shop possui cerca de 160 operações na América Latina, entre lojas próprias, espaços dentro de lojas de departamento e franquias.
União é benéfica para cliente, diz especialista
"Acredito que, neste primeiro momento, a união seja benéfica para o consumidor. De um lado, a Body Shop ganha um conhecimento de tecnologia afiada com a sua história de cosméticos naturais. De outro, a Natura ganha um importante aprendizado sobre pontos de venda, sobre a experiência do consumidor", afirma Fabio Mariano, professor da ESPM/SP, especialista em comportamento de consumo.
Mariano cita um exemplo: a compra, pela Natura, da australiana Emeis Holdings, fabricante de produtos de beleza premium, que opera sob a marca Aesop, em 2013.
"A Natura e a Aesop são completamente independentes até hoje. A opção de continuar dessa forma pode ser a mesma. Na época, a Natura ganhou conhecimento sobre lojas físicas. Esse aprendizado cresce com a Body Shop", declara Mariano.
Aquisição de 1 bilhão de euros
Em junho de 2017, a Natura anunciou a compra de 100% da Body Shop, que pertencia à francesa L'Oreal, numa operação de cerca de 1 bilhão de euros.
À época, o presidente da Natura, João Paulo Ferreira, afirmou que a aquisição permitiria que a empresa alcançasse três objetivos estratégicos: internacionalização, diversificação de produtos e construção de um grupo de marcas globais.
Setor teve leve alta em 2018
Segundo dados da empresa de pesquisas Euromonitor International, as vendas do setor de produtos de beleza e cuidados pessoais alcançaram R$ 109,7 bilhões em 2018, uma alta real (descontada a inflação) de 1,53%.
A Natura manteve a liderança. O Grupo Boticário deixou para trás a Unilever e assumiu o segundo lugar no ranking.
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