Ex-sócio do banco BTG, Gustavo Montezano vai substituir Levy no BNDES
O governo Jair Bolsonaro indicou Gustavo Henrique Moreira Montezano, ex-sócio do banco BTG Pactual, para presidir o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ele já integrava o governo, como secretário-adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento.
Montezano, de 38 anos, substituirá Joaquim Levy, que pediu demissão no final de semana, após o presidente tê-lo "fritado" publicamente.
A indicação foi anunciada hoje pelo Ministério da Economia, que informou "o encaminhamento para a deliberação do Conselho de Administração do BNDES do nome de Gustavo Montezano, atual secretário-adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento, para presidir a instituição".
Antes, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) publicou no Twitter que Montezano seria o novo chefe do banco estatal
Carreira no mercado financeiro
Montezano foi o sócio-diretor do banco BTG Pactual, em São Paulo, responsável pela divisão de crédito corporativo e estruturados. Depois, trabalhou para o banco em Londres, na Inglaterra, com a área de commodities (matérias-primas).
No governo Bolsonaro, atuava sob o comando direto do secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar. A área coordena a privatização de estatais e de projetos e parcerias com o setor privado.
O novo presidente do BNDES é engenheiro mecânico formado pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), no Rio de Janeiro, e mestre em economia e finanças pelo Ibmec, também no Rio. Ele iniciou sua carreira como analista de private equity no banco Opportunity.
Saída de Levy
A escolha de Montezano veio depois de um imbróglio que marcou o fim de semana, quando Joaquim Levy --então presidente do BNDES-- pediu para deixar a presidência da instituição, após o presidente Jair Bolsonaro ter ameaçado publicamente demiti-lo caso não suspendesse a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto do cargo de diretor de Mercado de Capitais do banco de fomento. O advogado, assim como o próprio Levy, ocupou cargos públicos durante governos petistas.
A relação de Levy com o Planalto vinha desgastada há algum tempo e, dentre os motivos, estão temas como a devolução de recursos ao Tesouro Nacional e a abertura de informações do banco com detalhes sobre financiamentos do passado, que o governo Bolsonaro chama de "caixa-preta" do BNDES.
Após a divulgação da indicação, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro "tem por concepção pessoal a percepção de que eventuais pessoas que tenham participado de governos que colocaram o país numa situação catastrófica não devem participar deste governo".
(Com Reuters)
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