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Bolsonaro cita caneta Bic e diz que "é francesa"; marca se diz "lisonjeada"

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Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/08/2019 17h29

O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar sobre a "caneta Bic" que usa para assinar seus decretos. Na noite de ontem (29), durante sua live semanal transmitida pelo Facebook, Bolsonaro afirmou que indultos de fim de ano serão dados a "policiais presos injustamente" e disse que assinará o documento "com caneta Compactor, porque a Bic é francesa".

A marca, que já havia sido citada outras vezes por Bolsonaro, afirmou "ficar lisonjeada em ser reconhecida espontaneamente pelos consumidores, imprensa e opinião pública como uma marca democrática, presente no dia a dia dos brasileiros".

O "boicote" do presidente foi feito depois de Bolsonaro se envolver em uma série de polêmicas com Emmanuel Macron, presidente da França.

A Bic foi fundada em 1945, na cidade francesa de Clichy. Em comunicado, a marca fez questão de ressaltar que "está presente no Brasil há mais de 60 anos", com fábricas em Manaus e no Rio de Janeiro, e que emprega mais de 1.000 colaboradores, que levam ao consumidor "produtos com responsabilidade, ética, simplicidade, trabalho em time e engenhosidade, valores esses que estão diretamente ligados com o público brasileiro".

Presidente usou Compactor na posse

As marcas já haviam sido destaque no dia da posse de Bolsonaro. A Compactor comemorou em suas redes sociais o fato de o presidente ter assinado o documento de posse dos seus ministros com um produto da marca.

Em post no Instagram, a marca publicou a frase: "Presidente Jair Bolsonaro assinou a posse com Caneta 100% Brasileira Compactor Economic. Uma honra ver nossa marca ajudando a escrever um capítulo tão importante na história do país".

No dia seguinte, o próprio Bolsonaro brincou e agradeceu a marca, via Twitter: "Nós é que agradecemos a ótima qualidade e preço da caneta!".

A Compactor, que possui sede na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, foi fundada nos anos 1950 por imigrantes que vieram da Alemanha. Há duas semanas, ao comentar o corte do envio de verbas alemãs para projetos de preservação da Floresta Amazônica, o presidente mandou a chanceler alemã, Angela Merkel, "pegar o dinheiro e reflorestar o país".