Com Jinping, Bolsonaro diz querer ampliar e diversificar comércio com China
Ao lado do presidente da China, Xi Jinping, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou querer ampliar e diversificar o comércio com o país asiático.
"A China é o nosso primeiro parceiro comercial e, juntamente com toda a minha equipe, bem como com o empresariado brasileiro, nós queremos mais do que ampliar, queremos diversificar as nossas relações comerciais", declarou.
A fala foi dada após reunião bilateral no Palácio Itamaraty com o presidente chinês em meio à 11ª cúpula do Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, sediado hoje e amanhã em Brasília. Em seguida, governo brasileiro oferece um almoço à delegação chinesa.
Segundo Bolsonaro, os atos assinados hoje vão fortalecer a relação entre os dois países e "a China, cada vez mais, faz parte do futuro do Brasil". Veja a relação dos atos ao final da reportagem.
Em 2018, o Brasil exportou para a China US$ 64,2 bilhões e importou do país US$ 34,7 bilhões, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores. Em 2012, a China se tornou o maior fornecedor de produtos importados ao Brasil. A intenção do governo brasileiro é que o país passe a exportar mais produtos com valor agregado.
Atualmente, os chineses são um dos principais investidores estrangeiros no Brasil. As áreas em que mais atuam são infraestrutura, óleo e gás, financeiro, serviços e inovação.
Em discurso breve, de menos de quatro minutos, Bolsonaro ainda lembrou e agradeceu o reforço chinês ao respeito à soberania da Amazônia brasileira. Neste ano, o governo brasileiro travou embates com o governo francês, cujo presidente chegou a aventar a discussão para a internacionalização da Amazônia.
Bolsonaro classificou a defesa chinesa do Brasil como um "gesto de grandeza que nos fortaleceu, e muito".
O presidente brasileiro esteve na China no final de outubro em giro ainda por Japão, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita. Hoje se disse "muito honrado e muito feliz pela continuidade" do que foi conversado na ocasião.
Em fala após Bolsonaro, Xi Jinping afirmou que China e Brasil são os principais mercados emergentes mundiais e que os países precisam se esforçar para intensificar o comércio com o mundo por meio do aproveitamento das vantagens de cada um.
"Vamos estreitar o intercâmbio entre os nossos povos. A China está disposta a trabalhar junto com o Brasil para promover o intercâmbio em pé de igualdade", declarou.
Para Jinping, China e Brasil possuem interesses em comum e destacou o interesse do país em continuar investindo nas áreas de agricultura, mineração, óleo e gás, eletricidade, infraestrutura, ciência e tecnologia, inovação e economia digital. Um dos meios pelos quais os chineses querem investir no Brasil é pela carteira de obras e projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), de privatizações e concessões.
"A China atribui grande importância à influência do Brasil na América Latina e o Caribe. Vamos aproveitar nossas vantagens para promover o desenvolvimento comum, visando criar relações China-América Latina e Caribe na nova era, caracterizada pela igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e benefícios para o povo", falou.
Temas delicados como questões tarifárias e a disputa pela implementação de sistemas 5G ficaram de fora das declarações públicas.
Além de Xi Jinping, estão em Brasília o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Veja os atos assinados hoje entre os governos brasileiro e chinês:
- Tratado sobre transferência de pessoas condenadas;
- Memorando de entendimento de cooperação entre autoridades de transportes;
- Protocolo sanitário para exportação de pera da China ao Brasil;
- Protocolo sanitário para a exportação de melão do Brasil à China;
- Plano de Ação na área da agricultura (2019-2023);
- Memorando de entendimento sobre medicina tradicional, complementar e integrada;
- Memorando de entendimento para cooperação no setor de serviços;
- Memorando de entendimento sobre o fortalecimento da cooperação em assuntos relacionados a investimentos;
- Memorando de cooperação sobre intercâmbio cultural e audiovisual.
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