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Trump assina acordo comercial entre EUA e China, mas mantém tarifas

13.dez.2019 - Encontro dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping - Kevin Lamarque
13.dez.2019 - Encontro dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping Imagem: Kevin Lamarque

Da RFI

15/01/2020 16h34

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou hoje a assinatura da primeira fase do acordo comercial "crucial" com a China que pode levar ao fim da guerra comercial entre os dois países. A cerimônia aconteceu em Washington com a presença do principal negociador chinês, Liu He.

"Hoje superamos uma etapa crucial, que nunca tínhamos superado antes com a China", disse o presidente americano na cerimônia na Casa Branca. Ele acredita que o acordo irá trazer um intercâmbio "justo e recíproco".

Trump garantiu que o pacto contém "compromissos substanciais e executáveis", mas afirmou que as tarifas impostas aos produtos chineses vão se manter até a "fase dois" ser concluída e a finalização do acordo.

As sobretaxas aduaneiras, em vigor há quase dois anos, serão mantidas como "poder de barganha" nas negociações, mas serão suprimidas após a finalização do acordo, prometeu.

Trump afirmou que não haverá uma "terceira fase" de discussões. Até o momento, US$ 370 bilhões de produtos chineses estão sujeitos a essas novas tarifas "punitivas".

Trump ainda anunciou que visitará a China em um "futuro não muito distante".

"Bom para o mundo inteiro"

O negociador e vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, leu durante a cerimônia uma carta enviada pelo presidente Xi Jinping. No texto, endereçada ao presidente americano, o líder chinês afirma que o acordo comercial entre os dois países é "bom para o mundo inteiro".

Para Xi Jinping, o tratado mostra que os "dois países têm capacidade de agir com base na igualdade". Ele disse esperar que "os EUA tratem empresas chinesas de forma justa", assim como seus pesquisadores.

Pequim teve que fazer várias concessões para obter o acordo. Como parte das negociações desta primeira fase, a China se comprometeu a comprar US$ 200 bilhões de produtos americanos suplementares nos próximos dois anos. O volume de compras foi estipulado em relação às importações chinesas realizadas em 2017, isto é, antes do início da guerra comercial entre os dois países. A medida deve reduzir o déficit americano. O acordo também traz medidas para a proteção da propriedade intelectual, outra grande exigência dos Estados Unidos.