Guedes diz ter sido atacado por ema ao se aproximar de filhotes: 'Instinto'
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje ter sido atacado por uma ema enquanto caminhava na Granja do Torto, sua residência oficial em Brasília. Segundo ele, a reação do animal foi instintiva, consequência da aproximação de Guedes a seus filhotes. O relato era uma analogia à proteção fornecida pelo Estado aos mais vulneráveis.
"Estou caminhando hoje de manhã, por exemplo, e sou atacado por uma ema na Granja do Torto. Razão simples: olhei para um lado, olhei para o outro... Vários filhotinhos passando. Instinto de proteção, solidariedade, maternal. Normal. Essa sensação que nós temos de proteger os mais frágeis... Isso é milenar, secular, evolutivo", disse o ministro.
A declaração feita durante discurso de encerramento do seminário "Um Dia pela Democracia", promovido pela ABDConst (Associação Brasileira de Direito Constitucional).
Guedes ainda exaltou a proteção social, definindo-a como um símbolo do progresso humano. O ministro ponderou, contudo, que a ajuda fornecida pelo Estado não pode prejudicar as contas públicas ou ameaçar a democracia.
"Nada mais simbólico do progresso humano do que chegarmos a um Estado em que isso [proteção social] venha como uma coisa natural em uma sociedade avançada. Isso tudo é meritório, mas não pode ser feito às custas de quebrar um Estado de Direito, às custas de ter uma ordem totalitária", afirmou.
Obstáculo às privatizações
Guedes também falou sobre privatizações, citando os acordos políticos como entraves ao processo. Segundo ele, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não conseguiu aprovar a venda de nenhuma estatal porque a necessidade de negociação dificulta o andamento da pauta.
"O presidente tem cobrado [privatizações]. Por alguma razão, a engrenagem política não tem permitido que essas privatizações aconteçam", disse o ministro. "Há acordos políticos que dificultam, há uma mentalidade cultural equivocada."
Mas Guedes admitiu que as privatizações não foram prioridades no início do governo, quando o foco estava na reforma da Previdência. As atenções depois foram centradas no pacto federativo e, em seguida, em medidas de enfrentamento à crise causada pelo coronavírus.
"Mas prosseguimos com nosso programa de liberação do horizonte de investimentos. Estão lá no Congresso gás natural, petróleo, cabotagem, setor elétrico, ferrovias, a liberalização", listou, destacando a importância da aprovação de marcos regulatórios para viabilizar investimentos privados e impulsionar o crescimento doméstico.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.