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Pix, novo sistema de pagamentos, começa a funcionar hoje; veja detalhes

Do UOL, em São Paulo

03/11/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Novo meio de transferir dinheiro criado pelo Banco Central começa nesta terça-feira
  • Essa etapa inicial vai limitar operações por volume e horários
  • Sistema entra em operação plena a partir do próximo dia 16 de novembro

O Pix, novo meio de pagamentos criado pelo Banco Central, entra em operação nesta terça-feira (3), de forma limitada por volumes e horários, para que instituições financeiras e clientes comecem a usar a plataforma. Essa primeira etapa vai até o próximo dia 15. No dia 16 de novembro, o sistema passa a funcionar de forma plena, 24 horas por dia, todos os dias do ano.

O Pix será uma nova forma de transferir dinheiro, de forma instantânea, e seria uma alternativa ao DOC e à TED.

Essa primeira etapa, chamada de operação restrita, vai ser limitada por volume de transações e por horários de funcionamento. Mas as transações serão reais, com valores e clientes movimentando dinheiro, disse o chefe adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Eduardo Brandt.

O Pix entra em operação com 762 instituições financeiras autorizadas a operar a plataforma. O número de chaves Pix cadastradas, segundo o BC, é de 55,5 milhões, segundo último levantamento feito.

Pix em fase de operação restrita

  • Prazo: de hoje (3 de novembro) a 15 de novembro
  • Operações: todas as funcionalidades

Horários

  • Regra geral: das 9h às 22h

Exceções

  • 5ª feira: das 9h às 24h
  • 6ª feira: 0h às 22h (para testar dinâmica do sistema)
  • 16/11: abre a partir das 9h, e passa a funcionar por 24h

Restrição de volumes:

  • De 3 a 8 de novembro: 1% a 5% da base de clientes
  • 9 a 15 de novembro: aumento gradual

Escolha dos 5% dos clientes

Segundo o BC, a escolha dos clientes que poderão participar dessa primeira etapa será de cada instituição financeira. Mas esse universo deve respeitar o perfil da própria instituição financeira.

As instituições financeiras vão informar os clientes que poderão participar dessa fase.

Por exemplo, se uma instituição financeira tem uma participação de 20% dos clientes com menos de 40 anos de idade, essa proporção deve ser mantida no recorte da fatia de 1% a 5% da fase inicial.

O mesmo vale para as empresas. Se numa instituição financeira 20% de seus clientes são empresas, esse percentual deve ser repetido no recorte de 1% a 5% da fase de operações restritas.

Estabilidade do sistema

O chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Ângelo Duarte, admitiu em entrevista coletiva semana passada que o serviço pode apresentar alguma instabilidade para algumas instituições financeiras nos dias iniciais de operação, mas disse que isso faz parte do processo e que não vão prejudicar as operações.

Ele reforçou que os sistemas são seguros e que todas as instituições financeiras estão preparadas para operar na plataforma.

O BC destacou que a fase de operações restritas estará limitada a 5% dos clientes. Havendo 95% de clientes que não serão escolhidos para essa fase, diz ele, será natural que muitos não consigam fazer operações antes de 16 de novembro.

Se não conseguir fazer a operação, a primeira coisa que o cliente deve fazer é checar com a instituição financeira se ele está nessa fase de testes, informa o BC.