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Operação combate sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em quatro estados

A Operação Black Flag é um esforço em conjunto da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público - Divulgação
A Operação Black Flag é um esforço em conjunto da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL

11/05/2021 08h26

Foi deflagrada hoje a Operação Black Flag, um esforço em conjunto da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público. O grupo investiga uma organização criminosa, acusada de utilizar fraude para praticar sonegação fiscal, falsidade ideológica, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

A operação ocorre em quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Ceará. Ao longo deles, foram distribuídos 70 mandados de busca e apreensão em moradias, empresas e escritórios, além de outros 15 mandados de prisão temporária.

A organização criminosa foi identificada em um trabalho de fiscalização da Receita Federal. Primeiro, levantou-se a suspeita de que um grupo em Campinas (SP) estava usando empresas de fachada e inventando identidades de pessoas para movimentar dinheiro.

Depois, segundo a Receita, o domínio da empresa teria sido repassado para "laranjas", ou seja, mais uma técnica de fachada. O time de investigação suspeita que o capital social da companhia teve aumento de forma artificial, com financiamentos e empréstimos em mais de R$ 70 milhões que não teriam sido quitados.

Esse dinheiro emprestado, de acordo com a apuração da Receita, era transferido para pessoas laranjas e contas bancárias registradas sob CPFs falsos. Além do repasse monetário, essas técnicas de ilusão serviam para ocultar bens de alto valor. Uma das empresas criadas tem sob seu nome imóveis caros no estado de São Paulo, carros de luxo e uma lancha que vale mais de R$ 4 milhões.

Por declarações de Imposto de Renda dos CPFs inventados, a investigação descobriu que a organização criminosa registrava lucros também de empresas offshore, que é uma companhia localizada em países onde a taxa tributária é mais baixa. O "mentor" das atividades ilícitas seria um dos que usava offshore para justificar grandes quantias de dinheiro recebido.

O grupo criminoso contava com vários ajudantes e facilitadores de diversas profissões, como advogados, contadores e pessoas que forjavam documentos, segundo a investigação. As ações fiscais da Receita Federal ocasionaram em lavratura de autos de infração de mais R$ 150 milhões.