Para diretor da Dasa, busca por resultados trouxe mesmice para publicidade
A fragmentação da mídia e o crescimento do uso de dados na publicidade fez o setor virar de ponta cabeça nos últimos anos. Porém, para Allan Macintyre, diretor de marketing da Dasa, o marketing de performance, em busca de resultados, não pode ser a única saída para as empresas.
"O marketing de performance é muito importante, mas não é a única resposta. A publicidade não perdeu o charme, mas tem ido muito para o lado racional, mais transacional, com pressões por resultados. Isso acabou trazendo um pouco de mesmice", diz o executivo. Allan foi o entrevistado desta semana do programa Mídia e Marketing, do UOL -confira o vídeo completo acima.
O executivo ainda conta como a empresa se organizou diante do desafio da pandemia e fala sobre o uso de inteligência artificial na criação de novas plataformas de cuidado. O Dasa é um grupo de saúde que agrega cerca de 60 marcas, como os laboratórios Lavoisier, Delboni, Alta Diagnósticos e hospitais como o 9 de Julho, em São Paulo.
"Precisamos olhar muito para experiência do consumidor. Nossa área de insigths tem que ser muito atenta, para ouvir esse consumidor na fonte e converter essa informação para produtos, para processos, para comunicação e para o marketing, para que a gente possa continuar ser relevante" (a partir de 30:20).
"Hoje, no marketing, é melhor pedir desculpas do que pedir permissão, senão a gente deixa de ousar. Se não formos rápido nas respostas, frustramos o consumidor. Se não tiver frio na barriga para aprovar campanha, não vou emocionar ninguém", afirma (a partir de 27:30).
Macintyre também explica como foi o processo de relançamento da marca, feita no mês passada. Atualmente, a Dasa atende cerca de 20 milhões de pacientes por ano e se relaciona com 250 mil médicos no Brasil todo -metade do total de profissionais cadastrados no Conselho Regional de Medicina).
"Hoje temos 60 marcas no portfólio, frutos de aquisições. Cada uma traz a sua história, como o Delboni, em São Paulo, o Sergio Franco no Rio e o Gilson Cidrim, no Nordeste. Não podemos perder isso. É um ecossistema muito equilibrado, como se fosse uma barreira de corais, onde cada cor tem seu valor", afirma (a partir de 10:08).
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