Ministro Bento Albuquerque diz que não há risco de racionamento de energia
Em meio ao cenário de preocupação com a possibilidade de o país voltar a racionar energia diante da pior seca nas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste em 91 anos, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que "não há risco" de que isso aconteça, e que "tudo indica" que a situação está sob "controle".
Em entrevista ao jornal O Globo, Bento Albuquerque afirmou que o governo federal está se preparando para tomar medidas a fim de evitar a falta de eletricidade, e que o consumidor precisará fazer uso mais "racional" de energia.
O ministro disse que o governo não trabalha com a possibilidade de racionar energia, "porque tudo indica que nós temos o controle da situação". "Todos os nossos modelos, nossos acompanhamentos indicam que não há risco de racionamento, de apagão, no ano de 2021", declarou.
A partir de junho, será acionada a bandeira vermelha nível 2, o que implica em um custo extra de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts/hora consumidos. Com o acionamento de outras matrizes energéticas, a exemplo da termelétrica, há o encarecimento da conta da luz, e que, por isso mesmo, o ministro alega que "o consumidor precisa fazer um uso mais racional da energia", pois esse "é um problema da sociedade brasileira".
"O governo não vai ser pego de surpresa. Ninguém será surpreendido. Nós iniciamos a campanha de economia de energia e de economia do uso da água desde o fim do ano passado. Desde dezembro temos feito essas campanhas de comunicação, que serão intensificadas agora", disse Bento Albuquerque, ressaltando que o governo "não quer se surpreender e nem quer que todos os agentes sejam pegos de surpresa".
O ministro também falou que "gostaria de passar uma mensagem de tranquilidade" e que a crise hidrológica "independe da nossa vontade". "Mas a população pode ficar tranquila. Nós estamos adotando todas as ações para que os impactos sejam os menores possíveis e para que nós possamos dar continuidade na retomada da atividade econômica", completou, destacando que esse cenário de crise não irá impactar no processo de privatização da Eletrobras.
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